O presente estudo teve como objetivo discutir como a educação física escolar no ensino médio pode ajudar a reduzir o comportamento sedentário entre esses estudantes. A metodologia consistiu em uma pesquisa de revisão sistemática da literatura científica com abordagem qualitativa, na qual foram consultados trabalhos científicos publicados nos últimos dez anos, pesquisados na base de dados do Google Acadêmico. A busca pelas palavras-chave combinadas na pesquisa retornou 125 trabalhos, excluindo citações. 110 trabalhos excluídos, 87 pela análise do título e 23 do resumo. Dos 15 trabalhos restantes, 12 estavam disponíveis para leitura aberta, mas apenas 8 estavam de acordo com o objetivo do trabalho, e dentro dos critérios de inclusão. A exposição ao comportamento sedentário pode ser fator de risco a síndrome metabólica, podendo ocasionar doenças cardiovasculares e arteriais em adolescentes brasileiros. Estudo com adolescentes brasileiros mostra que, a alta exposição ao comportamento sedentário, pode ser um fator de risco de vida aos adolescentes. Os autores ainda relatam que a inatividade física mostra a associação com comportamento de risco, como maior tempo em frente a telas. Com o crescimento exponencial do uso de telas e acesso à internet, cada vez mais pessoas podem deixar de praticar atividades físicas. Dentre os jovens, a realidade é preocupante: estima-se que 90% dos adolescentes entre 15 e 17 anos acessam a internet mais de uma vez ao dia, contribuindo como fator de risco ao aumento do sedentarismo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) (2020) recomenda que o tempo de exposição ao comportamento sedentário com telas dos 5 aos 17 anos seja reduzido, e que esse comportamento seja aliado a 60 minutos de atividades físicas diárias. No entanto, a realidade está distante do recomendado. O acesso a condições corretas para a realização da Educação Física Escolar reflete diretamente na qualidade das aulas, e na motivação dos alunos a participarem das atividades. As estruturas das escolas, material escasso e atividades de conteúdo repetitivo e o apelo pelas mídias digitais tem levado a baixa adesão dos alunos às aulas de educação física. Estudos apontam que escolha por atividades físicas fora da escola pode ser influenciada pela Educação Física escolar com práticas atrativas e inovadoras, mesmo que a maioria dos discentes opte por outras atividades que não são ensinadas nas aulas, como caminhada, musculação e dança. Um dos principais motivos que levam estudantes do ensino médio a participarem das aulas de Educação Física, e a aula/professor, o que corrobora a ideia de que a metodologia empregada nas aulas está diretamente relacionada com a participação dos alunos, e enfatiza a importância do professor e sua metodologia nas aulas de EFE. Conclui-se que para que haja uma prática contínua da atividade física além do contexto escolar, fica evidente a importância da EFE devido a sua grande aceitação e por ser o primeiro contato dos alunos com a promoção da saúde, mas o conteúdo abordado precisa ser mais abrangente e significativo, conscientizando o aluno sobre a importância da prática de atividades físicas e seus benefícios mesmo fora do contexto escolar.

Palavras-chave: Sedentarismo; Educação Física; Escola; Educação Física na escola.