REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS - UNIVERSO CAMPOS DOS GOYTACAZES, No 15 (2022)

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OS DESAFIOS DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA INSERÇÃO DAS PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NO AMBIENTE ESCOLAR

Rebeca Carvalho, Riverson Couto Machado, Rita de Cássia Andrade da Fonseca, Adriane Nunes de Souza, Fabiana Pereira Ferreira

Resumo


A Base Nacional Comum Curricular - BNCC, na unidade temática, práticas corporais de aventura (PCAs), são explorados expressões e métodos de experimentação física centrados nos desconfortos e progressos provocados pelas situações imprevisíveis que surgem quando um praticante interage com um ambiente desafiador. Os temas relacionados a cultura do movimento cumprem a função de transmitir uma tradição de práticas de educação física, com suas raízes na história, ao mesmo tempo, permitem que os alunos interajam adequadamente e se enriqueçam com elas. Incorporar as práticas corporais de aventura, no cenário educacional, pode ser uma boa estratégia para as aulas de educação física, além da possibilidade de referir a diversas atividades de aventura como novos conteúdos para os alunos. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo verificar se há professores que trabalham as PCAs nas escolas e as principais dificuldades encontradas por eles. Como metodologia foi realizado um estudo de revisão bibliográfica na qual se realizou um levantamento bibliográfico a fim de identificar o universo teórico pesquisado. Posteriormente, foi realizado uma pesquisa de campo, momento em que foram aplicados o questionário online a professores de educação física, da rede privada, que atuam no segundo seguimento do ensino fundamental, 6º ao 9º ano, na qual foi anexado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE. Foram um total de 10 colaboradores, 5 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, entre 26 e 59 anos, que responderam as 5 perguntas, todas fechadas, por meio de um aplicativo de gerenciamento de pesquisa google forms. Os resultados e discussões enfatizaram que 50% dos professores já se utilizaram dessa modalidade em suas aulas, mas sem muito sucesso, pois existe uma grande dificuldade na realização da mesma, sendo estas a falta de estrutura e espaço físico como a principal dificuldade encontrada, seguida a falta de materiais adequados e por último, pelos riscos de acidentes. Os professores relataram que reconhecem os benefícios dessa prática, mas ainda não estão preparados para utilizá-las em sua essência. Os autores apontam que essa prática traz inúmeros benefícios no que tange a cultura corporal de movimento, porém que é necessário um estudo mais aprofundado das metodologias aplicadas a essa prática e que a falta de espaços adequados e materiais de segurança são as dificuldades encontradas pelos professores. Foi possível inferir que o conteúdo em questão é pouco presente nas escolas, principalmente como conteúdo curricular das aulas de Educação Física. Esse fato ocorre por falta de estrutura e de materiais adequados, e por acreditarem haver temas mais relevantes e acessíveis, confirmando o que indicam quando 50% dos entrevistados relataram nunca terem trabalhado com esse conteúdo em sala de aula. Sendo assim, sugere-se que os professores da área de educação física busquem qualificação profissional sempre que possível, e possam adaptar os seus conteúdos a estrutura física das escolas, visto que esse problema é recorrente.

 

Palavras-chave: Práticas Corporais de Aventura; Educação Física; Professor.


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