OS DESAFIOS DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA INSERÇÃO DAS PRÁTICAS CORPORAIS DE AVENTURA NO AMBIENTE ESCOLAR
Resumo
A Base Nacional Comum Curricular - BNCC, na unidade temática, práticas corporais de aventura (PCAs), são explorados expressões e métodos de experimentação física centrados nos desconfortos e progressos provocados pelas situações imprevisíveis que surgem quando um praticante interage com um ambiente desafiador. Os temas relacionados a cultura do movimento cumprem a função de transmitir uma tradição de práticas de educação física, com suas raízes na história, ao mesmo tempo, permitem que os alunos interajam adequadamente e se enriqueçam com elas. Incorporar as práticas corporais de aventura, no cenário educacional, pode ser uma boa estratégia para as aulas de educação física, além da possibilidade de referir a diversas atividades de aventura como novos conteúdos para os alunos. Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo verificar se há professores que trabalham as PCAs nas escolas e as principais dificuldades encontradas por eles. Como metodologia foi realizado um estudo de revisão bibliográfica na qual se realizou um levantamento bibliográfico a fim de identificar o universo teórico pesquisado. Posteriormente, foi realizado uma pesquisa de campo, momento em que foram aplicados o questionário online a professores de educação física, da rede privada, que atuam no segundo seguimento do ensino fundamental, 6º ao 9º ano, na qual foi anexado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido - TCLE. Foram um total de 10 colaboradores, 5 do sexo masculino e 5 do sexo feminino, entre 26 e 59 anos, que responderam as 5 perguntas, todas fechadas, por meio de um aplicativo de gerenciamento de pesquisa google forms. Os resultados e discussões enfatizaram que 50% dos professores já se utilizaram dessa modalidade em suas aulas, mas sem muito sucesso, pois existe uma grande dificuldade na realização da mesma, sendo estas a falta de estrutura e espaço físico como a principal dificuldade encontrada, seguida a falta de materiais adequados e por último, pelos riscos de acidentes. Os professores relataram que reconhecem os benefícios dessa prática, mas ainda não estão preparados para utilizá-las em sua essência. Os autores apontam que essa prática traz inúmeros benefícios no que tange a cultura corporal de movimento, porém que é necessário um estudo mais aprofundado das metodologias aplicadas a essa prática e que a falta de espaços adequados e materiais de segurança são as dificuldades encontradas pelos professores. Foi possível inferir que o conteúdo em questão é pouco presente nas escolas, principalmente como conteúdo curricular das aulas de Educação Física. Esse fato ocorre por falta de estrutura e de materiais adequados, e por acreditarem haver temas mais relevantes e acessíveis, confirmando o que indicam quando 50% dos entrevistados relataram nunca terem trabalhado com esse conteúdo em sala de aula. Sendo assim, sugere-se que os professores da área de educação física busquem qualificação profissional sempre que possível, e possam adaptar os seus conteúdos a estrutura física das escolas, visto que esse problema é recorrente.
Palavras-chave: Práticas Corporais de Aventura; Educação Física; Professor.
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