Introdução: A adolescência é uma época que há tanto transformação no âmbito físico como cognitivo e social. Neste período, há o despertar da autoestima, da autonomia e da intimidade. Assim, se o jovem tiver uma rede de apoio familiar, comunitária e escolar fortalecida tende a ter um bom desenvolvimento. No entanto, quando essa rede de apoio e de proteção se torna fragilizada, o estudante pode ficar exposto à fragilidade emocional, física e social. Objetivos:  objetivo geral deste trabalho é apresentar uma experiência de estágio em psicologia escolar, com intervenções focadas no desenvolvimento socioemocional, por meio da promoção de autoestima, empatia, autoeficácia, perspectiva de futuro e relacionamento interpessoal, Metodologia: O estágio foi realizado em escola pública do município de Juiz de Fora – MG, com quatro turmas do oitavo ano do ensino fundamental. Após o período de observação, foram realizadas duas atividades: a primeira dinâmica adaptada ao contexto, utilizado se um dado, no qual em cada lado estava escrita uma pergunta (ex., o que mais gosta de fazer? Quantos são em sua casa? O que espera da escola? Quem sou eu?). A segunda, denominada “Marcas das Mãos”, tem por objetivo facilitar as vivências dos alunos e possibilitar empatia, promovendo autoestima e comprometimento com a escola. Resultados da discussão: Foi possível perceber a presença de violência familiar, responsabilização pelos cuidados com irmãos mais novos e dificuldade em falar de si mesmo. Notou-se que o papel da escola tem um significado acolhedor, mas também é onde ocorrem os conflitos, a imaturidade, e a fragilidade em lidar com as emoções. A vulnerabilidade familiar afeta a participação e assiduidade do estudante na escola, além de prejudicar o aprendizado. Observou-se, também, baixa autoestima e falta de conhecimento de si próprio. As dinâmicas promoveram autoconhecimento e os alunos perceberam que podem ser atores de suas vidas, elaborando projetos para o futuro. Conclusão: A experiência deixou explícita a importância do profissional de psicologia em escolas, no que diz respeito da mediação das dificuldades escolares, autoestima e fragilidade familiar vivenciadas pelos estudantes. Também, ofereceu aos professores a oportunidade de vivenciar um espaço em que os estudantes pudessem se expressar e refletir. O estudante pode estar inserido em uma realidade de vulnerabilidade econômica e social, afetando de forma negativa seu desenvolvimento cognitivo e a capacidade de gerenciar suas emoções, acarretando situações de violência escolar e falta de comprometimento acadêmico. Assim, a função do profissional de psicologia no ambiente escolar é proporcionar uma visão global do aluno, mediando relações e promovendo desenvolvimento.