Introdução: na atualidade os tratamentos utilizando implantes dentários osseointegrados é a técnica de escolha para reabilitações e substituição do elemento ausente, no qual permite proporcionar o reestabelecimento da função e estética dental com elevadas taxas de sucesso ⁽¹⁾. Contudo, a seleção de pilares protéticos é tida como um momento crítico na reabilitação com implantes ⁽²⁾. Visto que, na zona estética da maxila, a posição do implante, é fator indispensável para proporcionar a restauração com estética satisfatória ⁽⁴⁾. Logo, os pilares híbridos compostos por uma conexão metálica e uma mesoestrutura em material cerâmico ou similar, podem ser personalizados de acordo com o perfil de emergência desejado, sendo assim, os mesmos permitem manter o tecido periimplantar estável e favorável, propiciando uma estética mais natural ⁽⁵⁾. Objetivo: conhecer as indicações dos pilares híbridos e suas propriedades para a escolha adequada dos implantes dentários osseointegrados. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa da literatura com abordagem qualitativa, realizada entre os meses de agosto a setembro de 2023. A busca deu-se por meio das bases de dados, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), Literatura Latino-Americana, Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Brasil Scientific Electronic Library Online (SCielo) e National Library of Medicine National Institutes of Health (PubMed). O critério temporal foi de 2016 a 2023. Resultados/Discussão: as alterações na zona do contorno crítico ou subcrítico dos pilares ou coroas implantossuportadas podem alterar o perfil do tecido mole adjacente, tais mudanças possuem implicações clínicas significativas ⁽³⁾. O uso de pilares de zircônia demonstrou uma tendência a melhores resultados estéticos, embora haja vista complicações técnicas na utilização dos mesmos. O pilar de zircônia com base de titânio apresenta maior resistência à fratura quando comparado a zircônia pura, porém, este material apresenta maior opacidade, dificultando a obtenção da cor natural do dente ⁽⁵⁾. Sendo assim, o material do pilar pode influenciar na estética e cor do tecido mole periimplantar, bem como, na resistência do mesmo ⁽⁵⁾. No entanto, os pilares híbridos de zircônia e dissilicato de lítio têm sido amplamente sugeridos para substituírem os pilares pré-fabricados de metal, devido à sua estética superior e translucidez ⁽⁵⁾. Neste ínterim, associação de uma coroa de zircônia com um pilar híbrido com menor módulo de elasticidade, pode apresentar melhor distribuição de tensões no conjunto implante/pilar, o que proporciona um comportamento mecânico promissor a longo prazo ⁽⁶⁾. Conclusão: os pilares híbridos mostram-se ser uma excelente alternativa em reabilitação implantossuportada, com expressivos resultados estéticos associados à resistência e a boa resposta dos tecidos moles e estabilidade óssea periimplantar. Para um prognóstico favorável e sucesso clínico é essencial a seleção adequada de materiais, bem como, conhecimento técnico científico do cirurgião dentista para o desenvolvimento de habilidades teórico-práticas desde o planejamento, escolha do material e orientação da equipe técnica envolvida no atendimento ao paciente.

REFERÊNCIAS

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2- SPAZZIN, A.O.; RADAELLI, M.T.B.; ALESSANDRETTI, R.; SCHERER, C.B. Pilar de zircônia personalizado com base metálica para prótese unitária sobre implante.Prosthes. Lab. Sci., v. 6, n. 21, 2016.

3-EDELHOFF, D.; SCHWEIGER, J.; PRANDTNER, O.; STIMMELMAYR, M.; GÜTH, J.F. Metal-free implant-supported single-tooth restorations. Part I: Abutments and cemented crowns. Quintessence Int., v. 50, n. 3, p. 176-184, 2019.

4- ADOLFI, D.; TRIBST, J.P.M.; ADOLFI, M.; DAL PIVA, A.; SAAVEDRA, G.S.F.A.;

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5-ELSAYED, A.; WILLE, S.; AL-AKHALI, M.; KERN, M. Comparison of fracturestrength and failure mode of different ceramic implant abutments. J Prosthet Dent..v.117, n. 4, p. 499-506, Apr. 2017.

6-TRIBST, J.P.M.; DAL PIVA, A.; ÖZCAN, M.; BORGES, A.L.S.; BOTTINO, M.A.Influence of Ceramic Materials on Biomechanical Behavior of Implant Supported Fixed Prosthesis with Hybrid Abutment. Eur J Prosthodont Restor Dent., v. 27, n. 2, p. 76-82. 30. May. 2019.