Introdução: O processo de Uberização do Trabalho, transcende ao conceito que se relaciona com o que é comumente conhecido como de motorista de Uber. O desenvolvimento desse trabalho se deu por meio de leituras do processo de Uberização dentro da Psicologia Social, surgindo a partir de uma série de inquietações com relação a pandemia e as suas modificações na área do trabalho. Sendo assim tem como objetivo realizar uma reflexão sobre os impactos trazidos pelo processo de Uberização na vida dos trabalhadores levando em conta a precarização do trabalho diante desse processo juntamente com o momento da pandemia. Dessa forma, se centralizou em analisar o impacto do processo de Uberização na vida dos trabalhadores e a precarização do trabalho considerando a informalidade desse processo. Entende-se a importância dele para analisar a mudança no processo de modificação das formas de trabalho, os impactos gerados pela pandemia durante esse processo e a mudança na qualidade de vida dos profissionais como também realizar inquietações que fomentem estudos posteriores. Com relação a metodologia pode-se dizer que o estudo é de cunho qualitativo, por meio da análise de conteúdo da literatura recente e publicações com temática aproximada, revisitando a literatura existente, buscando identificar os dados investigativos. Realizou-se a conceituação da precarização do trabalho e qualidade de vida problematizando como o impacto da pandemia. Essa análise buscou problematizar o impacto desse processo na vida desses profissionais, que trabalham com veículo motorizados ou não, que conduzem a precarização do trabalho, na qualidade de intensificados pela pandemia. Portanto, entende-se a importância desse estudo pelo fato da análise que realiza, geando inquietações, apontando para a mudança no processo de modificação das formas de trabalho, gerando mudança na qualidade de vida dos profissionais. Atualmente, o termo Uberização é ampliado e abarca todos os trabalhos que envolvem plataformas e operadoras de aplicativos que oferecem serviços por essa via. Esse movimento se intensifica com a ampliação tecnológica, que ao longo dos anos foi se consolidando na sociedade, por essa extensão no ermo, deve ser problematizado. É notório as implicações desse processo na vida dos sujeitos que se ofertam desse serviço como também daqueles que utilizam dessa realidade como fonte de renda principal ou secundária em suas vidas. A Uberização tem sido foco de inúmeras pesquisas e estudos devidos seu caráter informal, por um possível desencaixe do trabalhador no sistema impulsionado pela tecnologia (MACHADO, 2017). Essa condição conduz a um impasse de liberdade no trabalho, auto-gestão, flexibilidade, camuflados por uma contraditória impressão de controle, permeado pelo conceito de precarização no modelo trabalhista. Desse modo, as investigações que sucedem desse movimento no período de pandemia se tornam relevantes na medida que faz importante analisar seus impactos. Todo esse processo tem gerado influências na saúde do trabalhador por se considerar essa esfera indissociável aos aspectos psicológicas e físicos podendo gerar adoecimento do sujeito (BRASIL, CFP, 2019). A pandemia conduziu muitos sujeitos, que por diversas razões ao trabalho informal. A Uberização é um desses polos de alocação do sujeito ao meio de trabalho. Não obstante, não se pode desconsiderar a qualidade de vida nesse processo. A Qualidade de Vida no Trabalho tem se preocupado em ir além dos estudos sobre o bem estar geral, centrada na saúde dos colaboradores, na satisfação e no desempenho dos trabalhadores em suas atividades (CHIAVENATO 2009). Dessa maneira, se faz ainda mais relevante discutir esse processo e os seus impactos na vida desses trabalhadores, considerando agravante momento pandêmico, justificando a pesquisa proposta. Desse modo, nessa pesquisa, buscou-se investigar os impactos do processo de Uberização na vida dos trabalhadores, especialmente em tempos de pandemia. Essa inquietação sobre o processo de aproximar do campo da Psicologia Positiva (BOEHS, SILVA 2018) por se atrelar à importância de qualidade de vida para a saúde do trabalhador. Tão logo, pretende-se discutir sobre a valorização do trabalho, o significado de segurança, capaz de oferecer o auto- crescimento, alicerçando-se nos pontos de justiça e equidade relativos à sua atuação (BOEHS, SILVA, 2018). Percebe-se que essas condições podem gerar um processo de estresse, desdobrando nos aspectos físicos, como também mentais em decorrência a situações ambientais (CHIAVENATO,2009). 

ISSN 2179-1589