Introdução: Segundo Cortez & Cortez (2008), embora exista preocupação em relação à contaminação microbiológica, é importante investigar e combater a presença de resíduos de produtos químicos utilizados em todas as fases da produção animal, independentemente de serem usados legalmente ou não. Estas substâncias podem ocasionar problemas sérios para a indústria, como a inibição das culturas lácticas utilizadas na elaboração de derivados lácteos, além de problemas para o consumidor, como o potencial de gerar reações alérgicas fortes em pessoas sensíveis. Podem, ainda, provocar resistência aos antibióticos, dificultando o tratamento de infecções no serhumano. Por isso antibióticos humanos não são recomendados para uso em animais (ATTA, 2006). Objetivo: O trabalho teve como objetivo demonstrar, através de uma revisão de literatura, a importância das boas práticas agropecuárias a fim de reduzir os resíduos de antibióticos no leite. Metodologia: Foram consultadas as bases de dados do Google Acadêmico e Scielo Brasil. A seleção abrangeu artigos científicos publicados no período de 2006 a 2023. Os descritores utilizados na busca incluíram “resíduos no leite", "antibiótico no leite", visando abranger todas as dimensões do tema. Desenvolvimento: De acordo com Cortez & Cortez (2008) uma ordenha higiênica envolve uma série de medidas que visam obter leite de alta qualidade, reduzindo ao máximo o risco de contaminação por microrganismos, elementos físicos ou substâncias químicas. Por isso a adoção das boas práticas é um grande passo em direção a um leite seguro. Para a prevenção de contaminação e qualidade do leite, há anecessidade de garantia de boas condições higiênicas dos locais onde os animais transitam e permanecem, sanidade animal, controle de ocorrência de contaminação antes, durante e depois da ordenha, limpeza e higienização de equipamentos, resfriamento adequado do leite e vacinação dos animais.Sendo em sua maioria medidas preventivas, contudo, muitas vezes os antibióticos se fazem necessários em tratamentos. O controle rigoroso da mastite previne grande parte da ocorrência de leite contaminado por antibiótico. Tratamentos antimicrobianos em animais devem ser indicados por médicos veterinários, deve-se sempre respeitar o período de carência, leite contaminado por antibiótico se torna impróprio para consumo e para comercialização. Conclusão: Além de ser contra as normativas sanitárias do país, a contaminação química do leite com antimicrobianos contribui para a seleção de microrganismos resistentes aos antibióticos. A promoção das boas práticas agropecuárias e conscientização de produtores rurais e técnicos envolvidos na pecuária leiteira sobre o uso racional de antibióticos é fundamental.

ISSN 2179-1589