REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 15 (2022)

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ABORDAGEM COGNITIVO-COMPORTAMENTAL PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM CASOS DE TAG: UMA REVISÃO NARRATIVA

Aléxia Fernandes Paes, Ana Carolina Silva Nogueira, Jaíne de Moura Rodrigues, Joice de Fatima Virgino Magela, Maria Alicia Marotta Alves, Karen Cristina Alves Lamas

Resumo


Introdução: O Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é descrito pelo excesso de ansiedade e preocupações, e/ou uma expectativa apreensiva de algo que pode vir a acontecer, prejudicando diretamente a qualidade de vida dos indivíduos. Nesses casos, podemos observar que o nível de ansiedade não é proporcional aos acontecimentos agentes do transtorno, é comum a presença de crenças disfuncionais, as quais se tornam o objeto de intervenção para o tratamento a partir da psicoterapia. Objetivos: Este artigo visa revisar a abordagem da terapia cognitivo-comportamental (TCC) e como aplicá-la no tratamento de crianças e adolescentes com TAG. Metodologia: A metodologia utilizada foi a revisão narrativa da literatura, realizada por meio de buscas em bases de dados eletrônicas (SciELO, PEPsic) e livros. Resultados/Discussão: A abordagem terapêutica dessa desordem inclui intervenções cognitivas e comportamentais, o tratamento começa a partir do manejo das crenças, uma vez que a partir delas, observa-se uma percepção sobre as situações desencadeadoras, as quais são desenvolvidas a partir de experiências prévias ao longo da infância. As crenças se tornam verdades absolutas, mas quando são trabalhadas na psicoterapia ganham um novo sentido a partir de técnicas, como questionamento socrático, descoberta guiada, exame de evidências, psicoeducação, reestruturação cognitiva e ensino de resolução de problemas. As crianças que são diagnosticadas com esse transtorno geralmente não têm problemas de aprendizagem, mas sim um aumento do sofrimento psíquico, uma vez que são perfeccionistas, inseguras, extremamente pontuais. Sendo a adolescência um período importante para o amadurecimento das funções executivas, prejuízos ocasionados pela TAG nessa fase, provocam alterações no planejamento, tomada de decisão, flexibilidade cognitiva, inibição e dificuldades de relacionamento. Vale destacar que a identificação do TAG durante a infância, ajuda na qualidade de vida dos adolescentes. Várias técnicas de âmbito cognitivo e comportamental podem ser aplicadas à população infantil para estimular a canalização da ansiedade e um redirecionamento do comportamento ansioso, sendo importante é aplicá-las de forma lúdica e com linguagem acessível aos mais jovens. Conclusão: Com base na revisão dos materiais selecionados, conclui-se que o presente estudo contribui para a compreensão e esclarecimento do tema em questão, auxiliando na prática do psicólogo clínico. Apesar das limitações deste estudo, foi possível oferecer uma visão geral sobre o tratamento do TAG em crianças por meio da abordagem da TCC, o que pode ser útil, principalmente, aos profissionais iniciantes nesse campo.


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ISSN 2179-1589

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