O corpo é um instrumento da beleza, e sendo ele influenciado por vários aspectos, a beleza torna-se variável. Poder expressar-se livremente é uma conquista recente. Porém, apesar de toda a liberdade conquistada, os corpos ainda são instrumentos sociais. Os padrões de beleza impostos são muitas vezes inalcançáveis e levam a uma busca exacerbada por práticas estéticas. Quando a vaidade extrapola os limites, surgem doenças que podem ser fatais. Este artigo tem como objetivos compreender a influência do mercado e dos padrões de beleza impostos na vida de diferentes indivíduos e alertar sobre um problema que vem atingindo a população cada vez mais cedo. O trabalho teve como amostra 60 pessoas entre homens e mulheres, divididas igualmente em três faixas etárias. Foi realizada a pesquisa a partir da aplicação de um questionário com 10 questões, as quais cabiam as respostas "Sim" ou "Não". A maioria dos entrevistados não se sente pressionada pela mídia, mas está insatisfeita com o seu corpo e faria procedimentos para corrigir "imperfeições". Todos são livres para moldarem seus corpos, mas é preciso analisar o motivo para acharem que algo precisa ser modificado. Sem perceberem, estão sendo vítimas de um mercado que impõe que algo está fora do ideal. Os valores relacionados ao corpo e a beleza merecem muitas discussões, visando impedir que a aparência seja considerada o mais importante, para que o padrão de beleza inatingível deixe de ser um instrumento de tortura na cabeça da sociedade imersa na tirania da beleza.

Palavras-chave: Estética, Mídia, Beleza, Corpo