A incontinência urinária é uma condição clínica muito prevalente entre mulheres e traduz-se em impacto físico, emocional e social. Embora o tratamento fisioterapêutico de mulheres incontinentes seja uma realidade, restritas são as evidências sobre a abordagem fisioterapêutica de mulher incontinente no contexto da Atenção Primária em Saúde, mais especificamente em ambiente domiciliar, o que indica a necessidade de mais estudos nesta área. O objetivo desse trabalho foi verificar os resultados da intervenção fisioterapêutica domiciliar em paciente idosa com incontinência urinária. Estudo longitudinal e descritivo relativo à abordagem fisioterapêutica de mulher de 69 anos com incontinência urinária em ambiente domiciliar. O International Consultation on Incontinence Questionnaire - Short Form avaliou a qualidade de vida, a Escala Visual Analógica verificou as sensações de umidade e desconforto, a percepção da contração dos músculos do diafragma pélvico foi verificada subjetivamente, a avaliação postural com ênfase no alinhamento do complexo lombopélvico verificou o alinhamento corporal e a Avaliação Funcional do Assoalho Pélvico verificou a capacidade de contração do diafragma pélvico. O tratamento fundamentou-se em exercícios para o diafragma pélvico e de alinhamento postural. Houve melhora na qualidade de vida e sensação de umidade e desconforto, redução da retroversão pélvica e aumento da força dos músculos do diafragma pélvico avaliada subjetiva e objetivamente. O tratamento fisioterapêutico de paciente com incontinência urinária em ambiente domiciliar é exequível e pode beneficiar a qualidade de vida da paciente.