O conceito de identidade pode ser observado como algo dinâmico, que vive em um constante processo e manifesta-se através da consciência da diferença. As pinturas corporais, penteados e maquiagem adquirem, dentro de grupos culturais específicos, sentidos distintos para quem os adota e significados diferenciados de uma cultura para outra. O cabelo e a pele se tornaram uma forma amplamente utilizada como critério de classificação racial. Deste modo, a intervenção no cabelo e no corpo se torna algo muito maior que uma questão somente de vaidade estética, transformando-se em algo identitário. Com o passar dos anos, o tratamentos químicos ganharam força e alcançaram grande parte das mulheres com cabelos étnicos.  Atualmente, há no Brasil uma tendência conhecida como “Transição Capilar”, onde as mulheres não aceitam mais terem seus cabelos alterados pelo alisamento e muitas que já se submeteram a alteração química, optam por retornar ao cabelo natural. Neste contexto, a maquiagem também tem sido utilizada como forma de expressão da identidade negra. Sendo a pele negra caracterizada por traços pouco finos ou delicados, a maquiagem antes utilizada para disfarçar tais traços, hoje não requer mais disfarces.   Este estudo tem o objetivo de abordar, através de uma revisão bibliográfica as temáticas relacionadas à importância do resgate da identidade da mulher negra. Neste sentido, conclui-se uma busca pela “volta às raízes”, que encontra através do cabelo e maquiagem uma forma de valorização e resgate da autoestima da beleza negra.