REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 5

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

A PSICOLOGIA NA PRÁTICA JURÍDICA NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO

Mariana Oliveira Borges, Yan Alfredo Castro de Sá, Stéfany Karoline Nunes Almeida, André Luiz Santiago, Márcio Gonçalves de Souza, Agatha Pereira Gomes, Arão da Silva Júnior, Marcelo Martinez, Ana Claudia Cezario

Resumo


A psicologia jurídica tem sido cada vez mais crescente em suas áreas de conhecimento e atuação.  Caracteriza-se pela atuação psicólogos que objetivam levar um saber psicológico e um olhar para as emoções e cognições nos comportamentos e conflitos interpessoais. Assim, o presente artigo teve como objetivo analisar o perfil do público atendido no Projeto de Extensão - A Psicologia na Prática Jurídica - do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da Universidade Salgado de Oliveira Campos Juiz de Fora - MG. Visando um atendimento interdisciplinar das pessoas que buscam o auxílio jurídico, no qual o direito encontra-se atento às questões legais das pessoas, o projeto se propõe a trabalhar as demandas psicológicas apresentadas pelos assistidos, suas respectivas questões emocionais, proporcionando um acolhimento mais completo através da metodologia da intervenção breve. Para a coleta de dados foi utilizado o banco de dados formado pelo projeto que contém as seguintes informações: 1) primeira vez ou não do indivíduo no NPJ, 2) acolhimento ou não da demanda pelo atendimento jurídico, 3) acolhimento ou não da demanda pelo atendimento psicológico, 4) origem da indicação aos serviços do NPJ e por fim, 5) as demandas que o levaram à procura do serviço. As análises foram realizadas através de estatísticas descritivas e frequenciais e no que se refere aos dados qualitativos, aplicou-se a análise de conteúdo de Bardin. Quanto aos resultados, observou-se uma maior procura pelo direito civil, no qual o requerimento do divórcio e da pensão alimentícia foram os que mais apareceram nos atendimentos. Tais demandas apresentaram necessidade de atenção/orientação psicológica, principalmente na existência de crianças envolvidas no processo. Foi constatado também que a maior parte das pessoas que buscavam o NPJ estavam indo pela primeira vez, por via de encaminhamento interno (32.0%), encaminhando externo (28,7%), auto indicação (14%), amigos (12,7%), familiares (10.0%) ou de outras instituições de ensino superior (2,7%). As demandas atendidas pelo NPJ obtiveram predomínio de aceitação por parte da equipe do direito. Conclui-se assim que a participação de psicólogos através do projeto em parceria com o curso de direito demonstrou uma compreensão mais completa de cada demanda atendida, proporcionando além de um atendimento integral ao público assistido, uma troca de conhecimentos entre os alunos de psicologia e direito.


Texto Completo: PDF

ISSN 2179-1589

PUBLICAÇÕES UNIVERSO