O Transtorno do Espectro Autista é caracterizado por indivíduos que apresentam déficits nas interações, comportamentos e emoções. Estes indivíduos apresentam necessidades de padrões e rotinas, e interesses incomuns. O objetivo deste artigo é trazer a perspectiva do próprio autista sobre suas dificuldades, sobre seu modo de viver e como eles interiorizam e processam tudo o que vivem. É uma pesquisa com base narrativa, escrita através de dados de pesquisas científicas, de artigos, de uma autobiografia de uma autista e de uma dissertação de mestrado escrito na primeira pessoa. Foram abordados alguns aspectos para descrever como o indivíduo autista se vê e se sente perante a sociedade, buscou-se entender como são suas áreas sensoriais, na qual foram escolhidas três delas para serem estudadas (a visão, a audição e o tato). Discorreu-se também sobre a interação social desses indivíduos que, na maioria das vezes, apresentam um déficit. Falou-se sobre a necessidade de padrões e rotinas que eles apresentam também, o que em grande parte do tempo traz desconforto não só para os indivíduos com TEA, mas para a família e para as pessoas que convivem com eles. Foi detectada uma carência nesse assunto, pois as pessoas, de forma geral, não têm consciência de como se dá a percepção de um autista, o que pode dificultar a compreensão do mesmo por parte da sociedade e seu convívio.