REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 8

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA QUE SOFRE VIOLÊNCIA SEXUAL INTRAFAMILIAR

Agatha Pereira Gomes

Resumo


O presente artigo teve como objetivo compreender os danos causados no desenvolvimento das crianças que sofrem abuso sexual por algum membro de sua família. De acordo com a literatura consultada, as consequências do abuso vão depender de vários fatores como: a proximidade da criança com o abusador, a duração do abuso, o ambiente onde ocorre o abuso. A partir disso, podemos notar como o abuso sexual intrafamiliar pode ter um maior impacto devido à proximidade que existe entre criança e o perpetrador, o ambiente normalmente ser a moradia da criança, possibilitando uma maior duração da violência. Além disso, os danos vão ser diferentes em cada criança, dependendo de seu estado emocional antes do abuso, seu nível de resiliência e seu suporte familiar. Dentre os possíveis impactos, nota-se que o mais comum é o transtorno de estresse pós-traumático Outros possíveis impactos incluem: depressão, TDAH, dissociação, abuso de substâncias, transtornos de personalidade borderline, transtornos alimentares, perturbações do sono, dificuldades de concentração, redução da curiosidade, comportamento sexual inapropriado, maus resultados escolares, tentativa de suicídio, medo, dificuldade para confiar nas pessoas, delinquência, isolamento, baixa autoestima, dificuldade de estabelecer relacionamentos amorosos e continuação do ciclo do abuso na fase adulta, dentre outros. O que podemos ver ser um fato crucial para diminuir os danos no desenvolvimento da criança são as atitudes tomadas após a denúncia do abuso. A pessoa a quem a criança comunica o abuso, se agir com silêncio e renúncia em relação a criança, trará danos secundários para criança. Outro fato importante dessas atitudes tomadas após a denúncia é a forma como a justiça lida com o abuso sexual infantil, as dificuldades do sistema judiciário para lidar com esses casos, que muitas vezes também levam a criança a ter danos secundários, de forma que a criança acaba sendo revitimizada por ter que reviver o episódio várias vezes durante os depoimentos.

 

 

 


Texto Completo: PDF

ISSN 2179-1589

PUBLICAÇÕES UNIVERSO