DOAÇÃO DE ÓRGÃOS: CAMPANHA “FAÇA DO FIM UM RECOMEÇO!”
Resumo
Introdução: Um dos principais fatores que limitam a doação de órgãos é a baixa taxa de autorização da família do doador. Muitas famílias que são entrevistadas quando ocorre a morte do familiar, não concordam que sejam retirados os órgãos e tecidos do ente falecido para doação. Objetivos: Informar e esclarecer a comunidade acadêmica da UNIVERSO/JF sobre a doação de órgãos, sua importância e como ser um doador. Metodologia: Foram realizadas as seguintes ações: entrevistas com duas enfermeiras de um hospital de Juiz de Fora, levantamento estatístico sobre a doação de órgãos em Juiz de Fora e região no instituto MG Transplante da região da Zona da Mata, desenvolvimento de ações de sensibilização na universidade, como palestra e panfletagem no dia internacional de doação de órgãos e pesquisa sobre o conhecimento dos da comunidade acadêmica sobre o tema utilizando um questionário estruturado. Discussão/Resultados: Conforme os dados coletados, havia em outubro de 2017, na fila de espera para recebimento de órgãos do MG Transplante, um total de 312 pessoas, sendo 284 à espera de um rim, três à espera de um fígado e 25 à espera de um transplante de córnea. Em 2017, até o mês de agosto, ocorreram 101 transplantes e foram registradas 31 entrevistas com 10 recusas, sendo uma delas por questão religiosa. A maioria das famílias não tinham conhecimento sobre a vontade do familiar ou preferiam manter o corpo falecido íntegro. Participaram da pesquisa, 893 pessoas, alunos e professores da UNIVERSO, na faixa etária entre 19 a 49 anos. Destes, 632 não se auto declaravam doadoras, 512 dessas pessoas responderam não ter conhecimento sobre o assunto, 119 responderam que tinham medo do procedimento e apenas três responderam que não doariam devido à sua religião. Durante a campanha, realizada na XV Semana de Extensão e Pesquisa da UNIVERSO/JF, as pessoas demonstraram grande interesse pelo assunto, esclareceram suas dúvidas e se mostraram preocupadas diante dos números apresentados. Mostraram-se dispostos a repassar a mensagem aos amigos e familiares. Conclusão: A maioria das pessoas da instituição não se declararam doadoras devido ao desconhecimento sobre os procedimentos e sobre a espera de órgãos para transplante. Com a campanha, foi levada à comunidade acadêmica além de uma mensagem de conscientização, explicação dos procedimentos de doação de órgãos e um pouco de inquietação sobre o assunto, para que possam dialogar com seus familiares e decidirem fazer do fim, um recomeço.
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