Introdução: O termo lésbico é utilizado para instituir mulheres que se relacionam sexualmente e afetivamente com outras mulheres e se identificam como mulheres. Dados apontam que no Brasil entre 2014 e 2017, 126 mulheres lésbicas foram vítimas de morte violenta, incluindo suicídio. As mulheres são distintas, diversas e cada uma delas tem sua heterogeneidade e diversidade que deve ser respeitada e reconhecida, portando, é importante falar de uma maneira plural sobre o movimento de mulheres e feministas, destacando as dificuldades e barreiras encontradas por lésbicas. Em 1º de dezembro de 2011, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Saúde Integral do grupo LGBT pela Portaria MS/GM nº 2.836 que compôs um conjunto de diretrizes com metas e estratégias, porém, sua execução exige desafios e compromissos das instâncias de governo. O presente estudo tem como finalidade ampliar o conhecimento na área da saúde primária em relação ao atendimento das mulheres lésbicas, que deve abranger técnicas que auxiliam no processo do autocuidado e até mesmo abordagens dinâmicas, visando um atendimento qualificado e que traga conforto, acolhimento e principalmente segurança a essas mulheres. Objetivos: Debater a saúde das mulheres lésbicas na atenção primária. Metodologia: O presente estudo caracteriza-se como revisão da literatura realizada entre os meses de Março e Agosto de 2019, com o objetivo de buscar mais informações que evidenciam a atuação do enfermeiro no atendimento primário dessas mulheres. Foram incluídos os textos que abordaram melhor o tema, com enfoque na atuação da enfermagem na atenção primária e nas limitações enfrentadas pelas lésbicas na sociedade e na área da saúde. A pesquisa foi realizada pelas bases de dados SciELO e Biblioteca virtual em Saúde (BVS) e  no site do Ministério da Saúde com o uso das seguintes palavras chaves: lésbicas, LGBT e atenção primária. Sendo encontrados ao todo 67 artigos e utilizados 15 para a elaboração desse estudo Resultados/Discussão: Encontramos na literatura que o enfermeiro atuante na atenção primária à saúde, tem um papel primordial no acolhimento, orientação, promoção e prevenção da saúde desde uma escuta qualificada até uma orientação sobre a importância dos exames periódicos e a prevenção às DST/Aids.Conclusão: Dessa forma, apesar dos avanços obtidos na área da atenção primária no Brasil, as mulheres lésbicas ainda fazem parte de um grupo que precisa de visibilidade em relação aos cuidados e informações à sua saúde, portanto,é necessário uma capacitação dos enfermeiros para um atendimento que abrange todas as suas individualidades.