REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 10 (2019)

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CONHECENDO O PACIENTE DEPENDENTE DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS E A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM

Alessandre Batista, Amarildo de Paula Batista, Ethelanny Panteleão Leite

Resumo


Introdução: Desde os primórdios da humanidade as substâncias psicoativas (SPAs) são utilizadas como parte do desenvolvimento da civilização, em alguns casos podem ser usadas de forma medicinal ou ritualística, ou ainda de forma experimental, com intuito de diversão. Essa forma de uso das SPAs, está relacionada à concepção de efeitos diversos de um tipo de prazer temporário, sendo que este uso pode ocasionar sequelas posteriores, tanto imediatas, quanto alongo prazo. São muitos os prejuízos que podem acometer o indivíduo com dependência química. O uso de SPAs traz consequências para o usuário e para a sociedade tornando-se hoje objeto de estudo em diversas áreas do conhecimento e da saúde. Objetivo: Ampliar os conhecimentos sobre a doença enfatizando o problema na infância e adolescência e a atuação do enfermeiro na prevenção do uso de SPAs. Metodologia: O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, com o objetivo de descrever a condição do paciente dependente de SPAs. Foram pesquisados 70 artigos, sendo utilizados 17 deles por atenderem ao critério de inclusão. O levantamento bibliográfico foi realizado entre os meses de março a setembro de 2019. Resultados/Discussão: As consequências do uso continuado de álcool são devastadoras, como o desenvolvimento de doenças autoimunes, a cirrose, diabetes e até depressão. O maior agravante é que as bebidas alcoólicas são drogas legais, estão à venda em todo lugar, sendo muito mais fácil de serem adquiridas. De todas as drogas, o álcool é a que tem o maior número de usuários e a que começa a ser consumida mais cedo, entre os 12 e os 13 anos de idade, sendo que em 50% dos casos, a primeira dose é consumida em casa, com a conivência dos pais. A ênfase no consumo de drogas deve ser colocada na prevenção primária e direcionada ao bem-estar da pessoa enquanto indivíduo, ligando este paciente ao seu contexto social e familiar. O enfermeiro e o médico da Estratégia de Saúde da Família têm a oportunidade de trabalhar com o paciente em toda a sua circunstância, devendo estar atento aos sinais e sintomas que façam suspeitar de disfunção familiar, o que gera uma enorme necessidade de ações preventivas. Conclusão: Na atenção primária de saúde existe a grande necessidade de estimular, ainda mais, a articulação entre os profissionais da saúde para que seja alcançado o atendimento integral do dependente de SPAs. Levando em consideração as peculiaridades que este paciente carrega com ele, sendo preciso ações de enfermagem e de toda equipe multidisciplinar para alcançar um tratamento holístico e humanizado.

 


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ISSN 2179-1589

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