REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 10 (2019)

Tamanho da fonte:  Menor  Médio  Maior

CONHECENDO O AUTISMO: DESAFIOS E ATUAÇÃO DE ENFERMAGEM COM A CRIANÇA PORTADORA

Andréa Luiza de Paula Gomes, Hercília Maria Tassi Abirached, Ethelanny Panteleão Leite

Resumo


Introdução: Nos dias atuais, o transtorno do espectro autista (TEA) é considerado uma síndrome neuropsiquiátrica marcada por manifestações comportamentais agravadas por deficiência na comunicação e no convívio social, mostrando padrões comportamentais repetitivos e estereotipados, o paciente mostra um repertório pequeno de atividades e interesses. As irregularidades no desenvolvimento da criança podem ser observadas nos três primeiros anos de vida e continuar até a idade adulta. Todos os atendimentos com profissionais da saúde como o enfermeiro, são conduzidos a estimular e auxiliar a criança a interessar-se pela realidade e pelas relações com o que está ao redor. Objetivo: Discorrer sobre a fisiologia do transtorno autista, seu diagnóstico e tratamento, enfatizando as terapêuticas que podem ser utilizadas e o cuidado do enfermeiro com o paciente autista, além do apoio que deve ser dado a família.  Metodologia: O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica, com o objetivo de descrever a condição do transtorno do espectro autista principalmente em crianças. Foram pesquisados 50 artigos, sendo utilizados 15 deles por atenderem ao critério de inclusão. Resultados/Discussão: O diagnóstico do TEA acontece através da intensa observação da criança e conversa com pais e cuidadores. Além disso, geralmente são usados escalas e instrumentos de triagem padronizados para o rastreamento dos casos, ajudando a identificar problemas típicos dessa condição. A assistência em enfermagem no CAPS, por exemplo, contempla atendimentos individuais e em grupo, trazendo terapias como: oficinas terapêuticas, visitas domiciliares, além da inclusão do cuidado em rede intersetorial, abrangendo atuantes como o conselho tutelar, as escolas, as organizações não governamentais, e outros. Nesse panorama, o maior desafio do enfermeiro se mostra na prática clínica do dia a dia, a qual requer o desenvolvimento de tecnologias de cuidado específicas para essa área de ação permitindo a experiência de diferentes funções e maneiras de construir o vínculo e a relação terapêutica com o paciente autista. Conclusão: Concluímos que existe a necessidade da constru­ção de um conhecimento mais sólido por par­te da enfermagem, para que possa instituir um cuidado mais efetivo, tanto às crianças autistas como aos seus familiares. Contudo, ressalta-se que ainda há muito a ser desvelado, por isso a importância e necessidade de novos estudos que se dedicando a educação continuada se mantendo atento a novas descobertas científicas e novidades sobre tratamento que possam melhorar o atendimento ao autista e seu familiar e/ou cuidador, prestando um atendimento de forma holística e humanizada.


Texto Completo: PDF

ISSN 2179-1589

PUBLICAÇÕES UNIVERSO