REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 10 (2019)

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DISTÚRBIO DA ANSIEDADE: ALTERAÇÕES NOS MECANISMOS FISIOLÓGICOS DO SISTEMA RESPIRATÓRIO E INTERFERÊNCIAS NOS RESULTADOS DO EXAME DE GASOMETRIA ARTERIAL

Rafaela Patrícia Andrade de Oliveira, Thais Marcelino Mota, Leila Ribas da Silva, Gabriela Alves Trevizani

Resumo


Introdução: A ansiedade é uma manifestação clínica de ordem psíquica decorrente da liberação de altas concentrações de substâncias neuroquímicas, como: noradrenalina, serotonina, dopamina, GABA, entre outras. Isso gera  alterações fisiológicas evidenciadas por meio de:  vasoconstrição, aumento de peristaltismo, piloereção taquicardia, taquipneia, , hiperventilação entre outras. Em específico no Sistema Respiratório, destaca-se a presença de taquipneia e hiperventilação, que corrobora para uma redução de PaCO2 no organismo. Diante disso, é possível analisar interferências nos exames de gasometria arterial realizados em pacientes portadores do distúrbio da ansiedade, levando à falsa alcalose respiratória. Objetivos: Demonstrar que alterações fisiológicas do distúrbio da ansiedade podem levar a interpretações errôneas do exame de gasometria arterial, pois segundo Livro de Coleta Biológica da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (SBPC), o paciente deve estar em uma condição ventilatória estável, no período de 20 a 30 minutos, antes da coleta da amostra biológica de sangue arterial. Metodologia: Realizou-se uma revisão narrativa baseada em artigos científicos de bases como: Scielo, BVS, Lilacs e PubMed. Resultados/Discussão: Para avaliar o distúrbio da ansiedade é feita Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão (HAD) que busca diagnosticar transtornos de humor que podem levar a possíveis alterações fisiológicas apresentadas em tal patologia psíquica, dando enfoque ao Sistema Respiratório, mais especificamente dos padrões respiratórios e ventilatórios que sofrem mudança com relação à frequência e à condição de ventilação. Nota-se elevação de ambos, resultando em taquipneia e hiperventilação, pois nesse caso há irregularidade no padrão de respiração e há aumento do trabalho utilizada na atividade respiratória.. Isso decorre em possível alcalose respiratória, pois há eliminação excessiva de PaCO2 no organismo, que é refletido nos resultados do exame de gasometria arterial, em que a PaCO2 apresenta-se reduzida (< 35 mmHg). Conclusão: Diante do quadro apresentado, conclui-se que é preciso que haja avaliação do paciente, no que diz respeito a sua atividade respiratória, para realização de gasometria arterial, pois a irregularidade de seu padrão respiratório e de sua condição ventilatória podem levar à interpretação equivocada dos resultados apresentados no laudo do exame, colaborando para um diagnóstico falso positivo de alcalose respiratória .


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ISSN 2179-1589

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