REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 9 (2019)

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PACIENTES PÓS TRANSPLANTADOS DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOÉTICAS (TCTH): AÇÕES DO ENFERMEIRO NA DOENÇA DO ENXERTO CONTRA HOSPEDEIRO AGUDA

Daniele Carolina Silverio, Ethelanny Pantaleão Leite, Júlia Das Dores M. Gonçalves

Resumo


Introdução: o Transplante de Medula Óssea (TMO) é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças autoimunes. Os portadores dessas estão sujeitos a complicações como o desenvolvimento da doença do enxerto contra o hospedeiro aguda (DECHa). A medula óssea tem a função de hematopoeise, ou seja, a formação de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas, e as células-mãe se auto renovam ou se diferenciam e passam por diversos estágios de maturação antes de se misturarem ao sangue. Objetivo: analisar a importância das ações da enfermagem com o paciente que desenvolve a doença do enxerto contra o hospedeiro aguda, envolvendo prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Metodologia: Trata- se de um estudo de revisão sistemática de literatura, com base de material bibliográfico, coletados nas bases SCIELO, LILACS, MEDLINE, PUBMED. Foram eleitos 15 artigos com base no objetivo. Resultados/Discussão: A DECHa é um dos principais obstáculos para uma eficaz modalidade de terapia celular. Aproximadamente 50% dos receptores de TCTH desenvolve DECH com variados graus de gravidade, com taxas de mortalidade que podem acometer até 20% dos pacientes transplantados. As principais células envolvidas são os linfócitos T. Fatores de risco como disparidade HLA, doador e receptor de sexo diferentes, intensidade do regime de condicionamento, regime profilático, fonte de células progenitoras, contribui para o desenvolvimento da doença. A atividade do enfermeiro no contexto hospitalar é um serviço que aponta múltiplas exigências. Na atenção à saúde de alta complexidade em uma unidade de transplante de células-tronco hematopoiéticas, a assistência de enfermagem, além das premissas do cuidado aos clientes oncológicos e seus familiares, é permeada por várias ocorrências geradoras de conflitos e decisões. Soma-se às diversas exigências e o grande número de técnicas complexas e equipamentos que exigem um constante aperfeiçoamento técnico-científico do enfermeiro responsável. Conclusão: Ficou evidenciado que as ações de enfermagem tais como a lavagem de mãos, a observação ao aparecimento de sinais de mucosite e gengivite e lesões na pele, contribuiu precocemente para o tratamento da doença do enxerto contra o hospedeiro. Conhecimentos científicos e habilidades técnicas, para prestar o cuidado integral a esse indivíduo é primordial, uma vez que o enfermeiro é o profissional que permanece mais tempo ao lado do paciente.

 


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ISSN 2179-1589

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