ONCOLOGIA PEDIÁTRICA: OS DESAFIOS DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
Resumo
Introdução: Apesar dos avanços científicos, o câncer muitas vezes ainda é sinônimo de morte, podendo agredir qualquer órgão ou tecido do corpo humano, em decorrência de uma alteração do material genético celular, não tendo uma causa específica e, sim várias. Essa enfermidade não escolhe faixa etária, podendo acometer qualquer indivíduo, sendo vivenciada com muito sofrimento em crianças e adolescentes. A criança com câncer enfrenta muitas mudanças que afetam de maneira indireta sua família. Em curto espaço de tempo, ela se vê hospitalizada, envolvida por pessoas estranhas, em lugar desconhecido, no qual é exposta a exames invasivos e dolorosos. Objetivo: Discutir os desafios identificados nos cuidados prestados pelo enfermeiro e a equipe à criança com câncer e sua família. Metodologia: O presente estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica, realizada no período de fevereiro a junho de 2019. Foram pesquisados 80 artigos, sendo utilizados 15 deles por atenderem ao critério de inclusão. Resultados/Discussão: Estando na linha de frente da assistência, a equipe de enfermagem ganha um papel de destaque no que tange os cuidados à criança com câncer, o enfermeiro e sua equipe que criam na maioria das vezes um vínculo afetivo, vivenciam muitos sentimentos e emoções, defrontando-se com uma ansiedade constante gerada por fatores fatigantes que abarcam desde questões de sobrecarga física à demanda psicológica intensa, salientando-se que o profissional nem sempre terá condições de trabalho favoráveis, permitindo-lhe um melhor manejo das emoções negativas, ou estará preparado para enfrentar tal realidade. O enfermeiro sente uma profunda dificuldade em elaborar as emoções e os sentimentos presentes no exercício de cuidar da criança com câncer , sendo relevante oferecer ao profissional de enfermagem o preparo emocional para o seu trabalho, abordando o cuidado em oncologia de forma multidisciplinar, capacitando-os para tal e difundindo o cuidado holístico. Nota-se que há uma carência em treinamentos e capacitações direcionadas a oncologia pediátrica, sendo que o treinamento especializado na área de atuação de uma equipe é fundamental para todos os profissionais de saúde que lidam com pacientes em situações críticas. Conclusão: Apesar de haver um grande número de profissionais habilitados em enfermagem, muitos não são especialistas, verificando-se uma escassez de enfermeiros capacitados em atuar nas unidades de oncologia pediátrica, pois muitos ainda ficam receosos diante da impossibilidade de cura, sendo necessário que o tema seja melhor abordado ao longo da graduação.
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