REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 11 (2020)

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A INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO: DESAFIOS E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA

Karen Cristina Alves Lamas, Rosélia Maria dos Reis, Gézia Maria Paula da Matta, Aquila Martins de Paulo, Maria Carolina Rodrigues, Sâmia Carolina Arce Cristaldo Moreira, Monalisa Maria Lauro

Resumo


Introdução: A luta pela inclusão da pessoa com deficiência (PcD) no mercado de trabalho se intensificou a partir da redemocratização do país na década de 1980 e com a aprovação da constituição de 1988, que estabeleceu diretrizes para garantia dos direitos dos deficientes. A partir de 1991 se fortaleceu ainda mais com a determinação do Ano Internacional da Pessoa com Deficiência pela Organização das Nações Unidas (ONU), seguida da aprovação da lei 8.283/91, conhecida como lei de cotas, que legisla sobre a inclusão da PcD no mercado de trabalho brasileiro. Entretanto, o conceito de deficiência foi construído e modificado ao longo da história, gerando preconceitos, desrespeito e marginalização, que dificultam até hoje estes cidadãos a assumirem um cargo dentro de uma empresa. Mesmo diante dos desafios e dificuldades no cumprimento da lei, considera-se que isso foi um marco na história das PcDs. Objetivos: Analisar e refletir sobre inclusão da pessoa com deficiência, bem como, analisar a legislação e o papel do psicólogo neste processo. Metodologia: Realizou-se um trabalho por meio da pesquisa de revisão narrativa, que utilizou bibliografias já publicadas em forma de livros, publicações avulsas e impressas, assim como, artigos científicos indexados nas bases de dados SciELO e Google Acadêmico, no período de 2009 a 2016. Resultados/Discussão: Verificou-se na literatura que a iniciativa legal corroborou para avanços consideráveis, pois propiciou a estes trabalhadores oportunidades para inserção nas frentes de trabalho. Dados das pesquisas revelam que 45.606.048 milhões de pessoas possuem um tipo de deficiência, o que corresponde um total de 24% da população brasileira, sendo que apenas 9% estão trabalhando com carteira assinada. De acordo com a literatura, há uma desconfiança das empresas em relação à qualificação destes profissionais, que são vistos como incapazes em decorrência da limitação. Verificou-se também que, no cenário da inclusão, a introdução da psicologia nas empresas contribui de maneira significativa na reflexão e no enfrentamento dos desafios advindos do ambiente de trabalho. Em consonância com a lei e com respaldo governamental, a cidade de Juiz de Fora, por exemplo, promove ações em parceria com as empresas para alavancar a inclusão e fortalecer a empregabilidade dos trabalhadores com deficiência. Conclusão: Pode-se dizer a partir dos textos analisados, que a legislação trouxe amparo e incentivo na busca de direitos das PcDs, porém, a inclusão efetiva ainda precisa ser debatida e discutida na sociedade, a fim de esclarecer e conscientizar gestores e profissionais de que deficiência não significa incapacidade. 

 



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ISSN 2179-1589

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