REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 11 (2020)

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OS IMPACTOS DAS MUDANÇAS NO MUNDO DO TRABALHO SOBRE A ATUAÇÃO PROFISSIONAL DOS ASSISTENTES SOCIAIS NA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL EM JUIZ DE FORA- MG

Francinelly Aparecida Mattoso, Talita Pinheiro Paulo de Oliveira

Resumo


Introdução: As questões tratadas neste estudo originam da problematização do trabalho do assistente social na política de saúde mental, a partir de vivências e experiências impactadas pela precarização dos serviços de saúde e das mudanças no mundo do trabalho. Nessa perspectiva, compreende-se que vários são os elementos que impactam diretamente na ação profissional, seja a precarização da política de saúde e especificamente a política de saúde mental, a fragilização dos vínculos trabalhistas, as condições de trabalho nos distintos espaços sócio-ocupacionais, a defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e os impactos do ideário neoliberal nas políticas sociais. Objetivos: Identificar as demandas apresentadas aos assistentes sociais e as respostas dadas por estes nos serviços de saúde mental em Juiz de Fora – MG; Identificar e compreender os instrumentos e técnicas, utilizados na atuação profissional; Apreender como as dimensões profissionais se apresentam na atuação dos assistentes sociais nos serviços de saúde mental; Identificar se há capacitação e formação continuada dos assistentes sociais inseridos na política de saúde mental no município de Juiz de Fora- MG; Identificar os impactos da precarização no mundo do trabalho nos processos de trabalho do assistente social nos serviços da política de saúde mental. Metodologia: O estudo baseia-se em pesquisa bibliográfica sobre o tem, e pesquisa de campo qualitativa por meio de questionários que serão respondidos pelos profissionais inseridos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS’s) de Juiz de Fora - MG de forma remota, análise e sistematização das respostas visando a produção de conhecimentos sobre o tema. Resultados/Discussão: A inserção do assistente social na política de saúde mental inicia-se com práticas assistencialistas de cunho acrítico, com a intenção de “amenizar” as consequências produzidas pelo capitalismo. Com a emergência dos movimentos de Reforma Psiquiátrica, que estabeleceu o fim dos manicômios e a implantação de serviços substitutivos, dentre eles os CAPS’s, paralelo ao Movimento de Renovação do Serviço Social no Brasil, novas questões foram apresentadas no tocante ao exercício profissional na área. No âmbito do exercício profissional do assistente social foi publicizada uma atuação profissional de viés crítico, defensora de direitos e das políticas sociais, com avanços no trato ao sujeito usuário da política de saúde mental, o reconhecendo como sujeitos de direitos. Por outro lado, os impactos do ideário neoliberal sobre as políticas sociais e condições de trabalho dos assistentes sociais trouxeram desdobramentos significativos. Conclusão: A pesquisa possibilitará a compreensão dos processos que envolvem o trabalho dos assistentes sociais na política de saúde mental, tendo como referência os CAPS’s da cidade de Juiz de Fora- MG. Objetiva identificar  necessidades de revisão e organização dos serviços e do próprio trabalho dos assistentes sociais, de forma a responder as demandas que se apresentam de forma qualificada e contribuir com futuras pesquisas.


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ISSN 2179-1589

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