PSICANÁLISE COM BEBÊS: UM GRITO DE SOCORRO ATRAVÉS DO CORPO
Resumo
Há quem pense que a clínica psicanalítica com bebês começou com Freud, mas foi com Lacan, ao criar uma nova maneira de olhar o ser humano e introduzir a linguagem como estruturante do inconsciente. Depois, a estruturação teórico-prática da análise infantil reuniu esforços de diferentes psicanalistas, entre os quais destacam-se Anna Freud, Melanie Klein, Winnicott, Françoise Dolto, Myrian Szejer, Catherine Mathelin, Caroline Eliacheff. Partindo do pressuposto de que os bebês passam por sofrimentos psíquicos e que seus corpos gritam por socorro através de sintomas, o presente trabalho objetivou discutir a análise com bebê, destacando as especificidades dessa escuta. Realizou-se uma pesquisa de revisão bibliográfica narrativa, a partir de referências clássicas e atuais, a fim de analisarmos alguns aspectos do desenvolvimento histórico da psicanálise com bebês, as demandas e os sintomas que levam o bebê ao tratamento psicanalítico, compreendendo, nesse processo, a função do psicanalista e o lugar dos pais, assim como a constituição psíquica dos bebês. Com base na literatura analisada, conclui-se que o psicanalista atua com o bebê em seu campo de linguagem já existente, enquanto este ainda não fala e que suas intervenções também devem considerar o lugar e a escuta dos pais. Considerando a pouca literatura nacional disponível, espera-se ampliar as pesquisas na área e contribuir com a formação daqueles interessados nessa prática.
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