REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 13 (2021)

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DISLEXIA: EFEITOS COMPORTAMENTAIS E EMOCIONAIS NO INDIVÍDUO DISLÉXICO

Karen Cristina Alves Lamas, Giselle Silva de Abreu, Maiara Lima César, Marcel Esmério Menezes, Maria de Fátima Carvalho, Nathaly de Souza Moraes dos Santos, Simone Bosich Rezende

Resumo


Introdução: O DSM-5 caracteriza a Dislexia como um transtorno de aprendizagem que não possui cura e é identificado por dificuldade na escrita e na leitura. No Brasil, a Associação Brasileira de Dislexia levantou dados que indicam que 67% dos disléxicos atendidos eram do sexo masculino e apenas 11% estudavam no ensino público. Objetivos: O presente trabalho investigou os efeitos comportamentais e emocionais decorrentes da dislexia. Mais especificamente, apresentam-se os aspectos da avaliação diagnóstica, as características socioemocionais dos portadores, as possíveis intervenções e a legislação referente ao tema. Metodologia: Para tanto, foi realizado um levantamento de literatura no formato de revisão narrativa, sendo analisados artigos de bases de dados científicas, da Associação Brasileira de Dislexia e associações voltadas ao atendimento e a pesquisas relacionadas à Dislexia. Resultados/Discussão: Verificou-se que, quanto ao diagnóstico, devem ser considerados os sintomas e as queixas apresentadas pela família e/ou pela escola na fase inicial do transtorno durante a alfabetização. Para que um diagnóstico correto seja feito, uma equipe multidisciplinar bem estruturada é necessária. Ressalta-se que o disléxico pode apresentar algumas características peculiares, além da dificuldade na leitura e na escrita, resultando em comportamentos irregulares como, isolamento, sensação de fracasso e baixa autoestima. De alta relevância, os direitos dos disléxicos devem ser considerados junto às intervenções, de modo a facilitar a convivência com o transtorno em seus meios de relação social. Um exemplo de apoio legal direcionado ao público com transtornos de aprendizagem é o Projeto de Lei nº. 8.489, de 2017, que assegura meios para que o disléxico tenha as mesmas oportunidades de pessoas que não possuem o transtorno, como a correção de avaliações de forma qualitativa e não quantitativa em qualquer tipo de processo seletivo. Conclusão: Este trabalho buscou apresentar o funcionamento comportamental e emocional do disléxico, sobre a relevância de suas experiências e o peso que o diagnóstico pode gerar em cada indivíduo de forma única, exatamente por se tratar de percepções subjetivas. Apesar das lacunas encontradas na literatura sobre Dislexia que, em sua maior parte, foca nas características comportamentais dos disléxicos durante a alfabetização, foi possível apresentar soluções para que o disléxico possa obter uma melhora psicológica significativa, podendo assim, se tornar um adulto com uma maior qualidade de vida.


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ISSN 2179-1589

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