O gengibre (Zingiber officinale) é uma planta nativa do sudeste asiático que se distribuiu por diversos países e hoje é bastante usado na medicina popular. O objetivo da pesquisa foi descrever as características botânicas, os constituintes químicos, as atividades farmacológicas, os efeitos tóxicos e as contraindicações do gengibre. Diante disso, foi realizada uma revisão bibliográfica narrativa, baseada em registros disponíveis nas bases de dados da Scientific Electronic Library Online, United States National Library of Medicine, Biblioteca Virtual em Saúde, Google Scholar, documentos oficiais do Ministério da Saúde e Farmacopeia Brasileira publicados entre os anos de 2012 a 2022. Os resultados mostraram que o gengibre apresenta metabólitos secundários importantes como gingerois, zingerona, shagaoles, gingeronas, curcumeno, 1-8-cineol, linalol, borneol, nera e geraniale, além desses também são encontrados na planta vitaminas, minerais, hidratos de carbono, gorduras, ceras e a enzima zingibaína. Seus compostos químicos são responsáveis por sua ação eficiente no tratamento de diversas doenças tratadas na medicina popular. Devido a isso vários estudos têm sido feitos e comprovado sua ação tais como: antibacteriano, fungicida, hepatoprotetor, termogênico, auxiliar no tratamento diabetes tipo 2 e como prevenção de complicações da obesidade. Além dos benefícios a planta em geral é considerada segura quando consumida em doses moderadas ou com prescrição médica, o que justifica sua ampla utilização terapêutica.