REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 16 (2022)

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DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS E O ENVELHECIMENTO: A INCOERÊNCIA DOS HÁBITOS DO HOMEM ATUAL COMPARADA À GENÉTICA EVOLUTIVA

Caio Cesar Meneses Franklin, Janice dos Santos Reis, Ariane de Oliveira Gomes, Patricia Rodrigues Rezende de Souza

Resumo


As doenças crônicas não transmissíveis são um problema tanto coletivo quanto individual. Além de fazerem parte da alta estatística da taxa de mortalidade se encontram também nas preocupações de se envelhecer. Como são doenças construídas também através de hábitos, a forma como o indivíduo vive tem impacto direto em sua qualidade de vida na terceira idade. Todavia, essa tarefa está dentre as mais complexas, já que a sua forma de sustento é a prioridade, tornando as demais necessidades alternativas. Com isso, o desenvolvimento urbano aliado ao crescimento da indústria alimentícia influencia no consumo de alimentos industrializados, sendo o ponto crítico do desenvolvimento das doenças crônicas não transmissíveis. O presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica voltada a uma comparação aos hábitos do homem moderno e seu ambiente, com o homem paleolítico e o ambiente paleolítico. Para tal, foi-se pesquisado em bancos de dados eletrônicos utilizando os seguintes descritores: envelhecimento, doenças crônicas não transmissíveis, modo de vida do hominídeo da era paleolítica, obesidade, obesidade na infância, doenças crônicas não transmissíveis na infância, longevidade, sedentarismo, qualidade de vida na velhice, nutrição e industrialização, alimentação da população, nutrição e padrão alimentar na era paleolítica. O resultado obtido pelo seguinte estudo foi que o mundo contemporâneo e suas exigências e tecnologias potencializam as características genéticas que foram essenciais para a sobrevivência da espécie humana, sendo essa característica explicada pela taxa de mutação espontânea do ácido desoxirribonucleico, que é, de aproximadamente, 0,5% por milhão de anos. A união desse molde genético com o atual ambiente obesogênico se tornou um fator determinante para a incidência das doenças crônicas não transmissíveis e uma terceira idade com uma qualidade de vida reduzida e dependente. Foi percebido que as doenças crônicas não transmissíveis estão diretamente ligadas ao modo de vida do indivíduo influenciado do ambiente obesogênico, e esse modo de vida torna o molde genético resultante da sobrevivência do ambiente paleolítico um intensificador da obesidade. Para contornar essa situação se torna importante a presença de uma equipe multidisciplinar para prevenção, tratamento e orientação da população, atuando também na alteração da percepção das pessoas com relação a seus hábitos familiares, para pensarem além dos confortos fornecidos atualmente, pensando em uma alimentação mais saudável e a adesão a atividade física regular, evitando um ‘ciclo de obesidade’ visto no aparecimento de crianças obesas.

 

Palavras-chave: Envelhecimento. Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Molde Genético Moderno. Nutrição Na Atualidade.


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ISSN 2179-1589

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