REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 15 (2022)

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CLASSIFICAÇÃO TOMOGRÁFICA DAS RAÍZES DO TERCEIRO MOLAR SUPERIOR ASSOCIADA COM O ROMPIMENTO DA CORTICAL ÓSSEA DO SEIO MAXILAR PÓS EXODONTIA

Hamilton Favero, Mario Oliveira Maddalena, Walter Micheli Junior

Resumo


Introdução: Dentro do campo da cirurgia oral, a extração dos terceiros molares é o procedimento mais realizado. Pelo histórico de baixas complicações associadas ao TMS, explica-se a inexistência de uma abordagem preventiva para sua extração. Entretanto, tratamentos complexos podem ser necessários após relatos de intercorrências não tão raras. Uma das complicações que podem surgir pós exodontia é o rompimento da cortical óssea do seio maxilar, que pode levar ao quadro de sinusite aguda ou crônica e comunicação buco sinusal. Objetivo: O estudo estabeleceu uma alternativa de classificação entre as raízes e o seio maxilar para medir as chances de perfuração da cortical óssea. Metodologia: Uma amostra de imagens de TCFC pré e pós operatórias de 70 TMS foram utilizadas, adventas do banco de dados da Clínica de Radiologia da FO/UFJF. Após a determinação da frequência de cada uma das classificações utilizadas, foram comparados os grupos mais frequentes de cada classificação com os demais tipos agrupados quanto ao rompimento da cortical do seio maxilar. O Teste Qui Quadrado foi o escolhido para comparação de proporções e o Razão de Chances (OddsRatio), com intervalo de confiança de 95%, foi o utilizado para mensurar a chance de perfuração da cortical do seio maxilar. A análise estatística foi realizada pelo programa SPSS versão 15.0 (SPSS, Chicago, IL, EUA). O nível de significância foi de 5%. A média de idade dos 70 TMS foi de 22,54. Do total de 160 raízes, 25 (35,71%) eram fusionadas e 45 (64,29%) eram separadas. Resultados/discussão: 30% da amostra, correspondente a 21 dentes, apresentou rompimento da cortical do seio maxilar pós exodontia. Para as duas classificações propostas, foi alcançada uma concordância moderada (Kappa 0,47) e uma concordância substancial superior (Kappa 0,72). O tipo II (p=0,022) foi o que mais provocou o rompimento da cortical óssea quando comparado aos demais tipos agrupados, que associam a classificação da posição radicular em relação a visualização do seio maxilar. O tipo em questão apresentava uma associação significativa três vezes maior de perfuração da cortical. Apesar de uma diferença não tão significativa, as raízes fusionadas do grupo G3 foram as que apresentaram rompimento com maior frequência; já se tratando das raízes separadas, houve uma significativa associação com o rompimento na posição G4. Conclusão: O presente estudo afirma ser de fundamental importância o uso da tecnologia da TCFC para avaliações de riscos, visto que tantos as raízes separadas quanto as fusionadas, fora ou dentro do seio maxilar, podem provocar o rompimento da cortical da estrutura e levar à complicações, como a sinusite maxilar e a comunicação buco sinusal.


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ISSN 2179-1589

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