Introdução: Atletas overhead realizam movimentos repetitivos dos membros superiores acima do nível da cabeça, exigindo amplitude e alta absorção de carga no ombro. A prática esportiva expõe atletas a lesões e dentro desses riscos, temos fatores intrínsecos e fatores extrínsecos. A prevalência de lesões varia de 2,1 a 42% no vôlei, 4 a 17% no tênis e até 28% no handebol, tornando-se uma das lesões mais comum nesses esportes. Para rastrear esses fatores de risco, são utilizadas avaliações clínicas e testes funcionais confiáveis, validados, de baixo custo e fácil acesso. Os testes funcionais são amplamente utilizados, sendo eles: Teste de Estabilidade de Extremidade Superior da Cadeia Cinética Fechada (CKCUEST), Teste de equilíbrio Y do membro superior (UQYBT) e arremesso de bola medicinal sentado (SMBT). Objetivos: Analisar e revisar a literatura acerca da correlação entre os achados das avaliações clínicas e desempenhos nos testes funcionais de membros superiores em atletas overhead. Metodologia: A pesquisa caracteriza-se como revisão de literatura. A busca foi realizada na base de dados Pubmed, artigos publicados entre os anos de 2005 e 2022, norteados pelos descritores overhead athletes AND isometric strength AND functional performance tests. Foram elegíveis estudos da língua inglesa e do tipo transversal apresentando dados sobre testes clínicos e desempenho dos testes funcionais de MMSS em atletas overhead. Foram excluídos demais tipos de estudos bem como artigos que não abordassem o tema. Resultados: Foram identificados 13 artigos na busca inicial, excluídos 9 e 4 incluídos para o presente estudo. Onde todos observaram a correlação entre avaliações clinicas e desempenho em testes funcionais. A força isométrica de RI, RE e força rotacional apresentou moderada a forte correlação com o desempenho do CKCUEST. Bem como, o desempenho no SMBT. Entretanto, um estudo não apresentou correlação significativa entre o desempenho do UQYBT e outros testes clínicos. Conclusão: As avaliações clínicas e alguns testes funcionais apresentam boas correlações. Sendo assim, testes funcionais podem facilitar a avaliação no ambiente clínico da fisioterapia.