REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 15 (2022)

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A INCIDÊNCIA DE LESÕES EM JOGADORES DE FUTEBOL DO CAMPEONATO BRASILEIRO: REVISÃO DE LITERATURA

Francisco Silveira Pires, George Wagner Nicolau Azevedo, Rafael Roberto P. de Oliveira, Guilherme Henrique de Paulo Fernandes, Thiago Ferreira Timoteo

Resumo


Introdução: O futebol é o esporte mais popular do mundo. A prática esportiva demanda acelerações, desacelerações, mudanças rápidas de direção, saltos, aterrissagens, bem como, interações com outros jogadores. Por ser considerado um esporte de contato e alta complexidade, atletas estão expostos frequentemente ao risco de desenvolver lesões. Altas taxas de lesões em uma equipe resultam em prejuízos financeiros e perda de desempenho para o clube, associado a malefícios para saúde dos atletas. No Brasil, fatores como estilo de jogo, gramado e calendário exacerbam os riscos de lesões comparado com futebol europeu. A FIFA expressou preocupação em relação às lesões e há uma clara necessidade de desenvolver medidas preventivas. No entanto, é fundamental conhecer o perfil de lesões e não considerar somente os atletas, mas sim, as localidades onde estão sendo praticadas. Objetivos: Analisar e revisar a literatura acerca da incidência e prevalência de lesões musculoesqueléticas de jogadores de futebol no campeonato brasileiro. Metodologia: A pesquisa caracteriza-se como revisão de literatura. A busca foi realizada na base de dados Pubmed, artigos publicados entre os anos de 2006 e 2022, norteados pelos descritores Epidemiology AND Incidence AND Soccer Players OR Brazilian soccer team AND Brazilian Soccer Championship. Foram elegíveis estudos da língua inglesa e do tipo coorte prospectivos e retrospectivos que descrevessem lesões ocorridas no futebol brasileiro. Foram excluídos demais tipos de estudo, bem como artigos que não abordassem o tema. Resultados: Foram identificados 20 artigos na busca inicial, excluídos 15 e 4 incluídos para o presente estudo. A incidência total de lesões variou de 1,86 á 42,84/1000 horas de exposição em jogos e treinos. Apresentando uma média de gravidade moderada, com 8 a 28 dias de afastamento. O mecanismo por overuse foi mais prevalente em MMII, sendo coxa, isquiossurais, joelho e tornozelo mais acometidos. Conclusão: Houve uma alta incidência de lesões durante a partida em jogadores que atuam no campeonato brasileiro. Estratégias preventivas devem ser o foco da equipe multidisciplinar para reduzir fatores de risco destas lesões. Simultaneamente, a CBF precisa revisar calendários de jogos a fim de contribuir com estratégias de prevenção.

 


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ISSN 2179-1589

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