Introdução: A adolescência é um período marcado por muitas mudanças, tanto físicas, psicológicas, quanto na totalidade da vida social. A tangente a educação sexual para essa população não se exclui, tampouco se pode desconsiderar o papel da assistência em enfermagem. A sabermos que a maneira mais eficaz de se evitar uma gravidez não intencional seja, para além da abstenção sexual, a utilização de um método contraceptivo. Embora seja conspícuo que nenhum método seja completamente eficaz, sabe-se que sua escolha é também um componente medular no grau de influência da condução da vida sexual de uma pessoa, na vida dos adolescentes isso não é diferente. As dificuldades aparentes se impõem ao grau de conhecimento dessa população o que está intrinsecamente interligado a escolha do método a ser utilizado tanto quanto no nosso sistema de saúde, que apresenta um teor majoritariamente curativo e não preventivo. Por tudo isso, esse trabalho almeja abordar dúvidas recorrentes que ainda existem dentro do trabalho do enfermeiro acerca do grau de influência da escolha do método contraceptivo e seus rebatimentos nas taxas da gravidez na adolescência, especialmente por ser uma orientação do Ministério da Saúde que estes temas sejam trabalhados com os adolescentes. Objetivos: Descrever o impacto da educação sexual na prevenção de gravidez na adolescência no contexto da Atenção Primária em Saúde. Metodologia: A pesquisa refere-se a uma revisão integrativa de literatura e foi desenvolvida a partir do portal regional da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre agosto e outubro de 2022. Filtramos as pesquisas para as fontes LILACS, MEDLINE e BDENF – Enfermagem, sobre a combinação dos descritores “Gravidez na adolescência”, “Enfermagem”, “Educação sexual”, “Métodos Contraceptivos” associados ao operador booleano “AND”. Do total, 25 compuseram a pesquisa, sob critério de aproximação com o tema. Resultados/Discussão: A gestação na adolescência se trata de um período complexo que impõem impactos tanto para a criança quanto para a gestante, nota-se que quanto mais jovens maiores os riscos, embora não se possa negligenciar fatores associados e não se pode desvincular o papel central que é desenvolvido pelo enfermeiro. Estatisticamente há uma predominância de gestação centrado na idade de 17 anos em média, o que nos revela antes de tudo a necessidade de trazer a temática da educação sexual, mas não a minimizando ao campo dos métodos contraceptivos e sim promovendo uma abordagem integral, o que traz a necessidade de um enfermeiro que seja capacitado e que o aborde com uma metodologia inovadora e trazendo um processo de escuta ativa a fim de proporcionar maior grau de conscientização no sentido abordado por Paulo Freire. Conclusão: Assim como sabemos ser direito dessa população o acesso à informação, bem como a saúde e seus componentes, notou-se que nesse contexto o enfermeiro, enquanto educador desempenha papel axial, especialmente na criação de estratégias para facilitar a atuação profissional, juntamente com a equipe multiprofissional a fim de trazer uma perspectiva integral. Conclui-se que é necessário tratar sobre educação sexual com os adolescentes, especialmente pela influência que incide na escolha do método contraceptivo, bem como nos impactos gerados por uma gravidez nesse período.