REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 15 (2022)

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USO EXCESSIVO DE TECNOLOGIA POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES: IMPACTOS E INTERVENÇÕES

Roseane Ribeiro Mendonça, Vinícius Flávio da Silva Cruz, Elizama Conceição Barreiros Vieira, Bruna Costa Ferreira, Débora Aparecida de Matos Rabelo, Josiane Cezar Faria

Resumo


Introdução: A tecnologia se torna cada vez mais necessária no cotidiano, devido as praticidades proporcionadas. Em contrapartida, o uso excessivo de tal facilidade acarreta danos diversos. A utilização irresponsável dos aparatos tecnológicos pode ocasionar transtornos psicológicos em crianças e adolescentes, comprometendo assim o desenvolvimento físico e mental. Ademais, o acesso exacerbado às tecnologias pode ocasionar dependência digital. Objetivos: Analisar e discutir os impactos do uso demasiado das tecnologias por usuários crianças e adolescentes no desenvolvimento cognitivo, social e emocional. Mais especificamente, pretende-se abordar definições da dependência da internet, avaliar as características dessa e seus modos de identificação. Ainda, almeja-se discutir os meios de intervenção encontrados na literatura, no campo da Psicologia, que visem o tratamento do problema encontrado. Metodologia: Utilizou-se a revisão narrativa como forma de pesquisa bibliográfica, realizada assim uma revisão da literatura nacional pertinente ao tema, englobando artigos, livros e teses. Recorreu-se também à produção de órgãos de autoridade em saúde física e mental, a Sociedade Brasileira de Pediatria e a Associação Americana de Psiquiatria. Para isso, os textos científicos foram encontrados por meio das bases de dados Google Acadêmico, BVS-Psi, SciELO, PEPsic, utilizando os seguintes termos de busca: “Tecnologia”, “Desenvolvimento infantil”, “Desenvolvimento na adolescência”, “Transtornos Psicológicos” e “Psicologia”. Foram selecionadas produções em português, pertinentes aos objetivos da pesquisa. Resultados/Discussão: A frequência exagerada de utilização de tecnologias pode prejudicar o rendimento escolar e trazer dificuldades de estabelecer diálogos. Acarreta assim em um grande índice de frustração acadêmica e com as relações interpessoais. Ainda pode estar associada ao desenvolvimento de compulsão e dependência digital, aumentar sintomas de transtornos de ansiedade, distúrbios de comportamento, condutas antissociais e depressão. O excesso de horas dedicadas às telas pode resultar em problemas nos olhos, cefaleia, lesões de esforço repetitivo e transtornos do sono, prejudicando assim a saúde física. Além disso, pode ocasionar alteração do humor, dificuldade de atenção e concentração, estando tal comportamento associado também a poucas horas de descanso, sedentarismo, obesidade, transtornos posturais e risco auditivo. A terapia cognitiva comportamental tem se apresentado enquanto um tratamento eficaz de combate ao uso obsessivo da internet e suas implicações. Através dela, o usuário é induzido a verificar e identificar pensamentos que estão estimulando sentimentos que os conduzem a atitudes características da dependência. Simultaneamente, os pacientes são incentivados a praticar capacidades sociais, além de realizar a previsão de recaída. Conforme a evolução no tratamento, o objetivo se torna cognitivo, destacando as distorções elaboradas sobre o uso da tecnologia, como a catastrofização e a generalização em excesso. Conclusão: Verificou-se uma dificuldade na realização de estudos na área, tal como a imprecisão de terminologia acerca do transtorno ocasionado pelo uso exacerbado das novas tecnologias da comunicação. Enquanto impactos, aferiu-se o alto índice de dependência psicológica, irritação e modificação de humor. O tratamento proposto associa ideias de psicoterapia para abordar o comportamento de dependência e seus dilemas psicossociais, como cansaço, transtorno do sono e fobia social. Aferiu-se que os tratamentos eficazes articulam técnicas características da terapia cognitiva comportamental.

 

                     

 


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ISSN 2179-1589

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