Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é definido no DSM-5 como um transtorno do neurodesenvolvimento que causa déficits comportamentais. As intervenções à pessoas com TEA podem se dar a partir de diversas abordagens. Dentre elas, destacam-se com evidências de validade na ciência, a Terapia Cognitivo-comportamental (TCC), que trabalha com emoções, comportamentos e pensamentos e a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), que estuda as variáveis que afetam o comportamento humano, mudando antecedentes que podem ter sido gatilho para o comportamento. Objetivos: Analisar as técnicas da TCC e da ABA no tratamento de pessoas com TEA, descrevendo e comparando as duas abordagens, em termos de técnicas e objetivos, apresentando os resultados e eficácia dessas abordagens conforme pontuado pelas pesquisas científicas. Metodologia: Foram pesquisados textos científicos por meio de bases de dados Google Acadêmico, BVS-Psi, Scielo, Pepsic, utilizando os termos de busca “Intervenções”, “Terapia Cognitivo Comportamental”, “Transtorno do Espectro Autista ” e “Análise do Comportamento Aplicada”. Resultados/Discussão: Foram encontradas mais de 7 mil produções, dentre esses foram utilizados um total de 15 artigos considerados pertinentes ao tema da presente pesquisa. Além destes, foram utilizados capítulos de livros, sites e anais, totalizando  23 fontes  pertinentes ao tema. Nas intervenções em casos de TEA, a TCC destaca algumas técnicas que se mostraram eficazes tal como a psicoeducação, gerenciamento do comportamento, exposição gradual, reestruturação cognitiva e autorregulação emocional. Já na ABA há duas intervenções mais utilizadas: o treinamento de resposta essencial (PRT) e o ensino por tentativas discretas (DT), também chamado de método de LOVAAS. Além da DT, há outros métodos terapêuticos baseados em Análise do Comportamento, como o PECS e TEACCH e outras intervenções comportamentais e naturalistas Conclusão: Verificou-se que a TCC tem uma eficácia significativa na reestruturação cognitiva. Por meio das suas técnicas o paciente consegue corrigir comportamentos disfuncionais e desenvolver habilidades melhorando a interação social e a comunicação interpessoal. Já o método da Análise do Comportamento Aplicada, a ABA é um dos mais eficazes e utilizados na intervenção do TEA, pois envolve ganho de autonomia para agir no meio em que vive possibilitando uma vida independente. Espera-se que o presente estudo contribua para os profissionais e acadêmicos da área que se interessarem pelo tema, além de familiares e cuidadores de crianças autistas, para que possam entender mais sobre o tema e auxiliar no tratamento e maior entendimento sobre o TEA. À medida que se tem mais informações e avanços tecnológicos, os estudos devem ser atualizados e aprofundados.