REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS – CENTRO UNIVERSO JUIZ DE FORA, No 15 (2022)

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA HIPODERMÓCLISE: UMA NOVA VISÃO DE UMA ANTIGA ABORDAGEM

Sergio Pereira de Moraes, Erineia Castilho, Wesley Silva de Moraes, Ethelanny Panteleão Leite Almeida, Gisele Fernandes Tarma Cordeiro, Francine Banni Felix

Resumo


Introdução: A hipodermóclise, também conhecida como infusão subcutânea, é uma execução antiga para a administração de medicamentos e fluidos, com seus primeiros registros em 1913. Nessa época, houve uma grande epidemia de cólera, e a hipodermóclise foi muito utilizada para o tratamento da desidratação em crianças e adultos. Atualmente, a hipodermóclise vem se apresentando como terapia alternativa para a reidratação e administração de medicamentos em pacientes com difícil acesso venoso, pacientes oncológicos e em cuidados paliativos. Objetivos: Apresentar o avanço da utilização da técnica bem como os benefícios para a prática de enfermagem. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo realizado através de levantamento bibliográfico. A busca pelos artigos foi realizada nas bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, por meio da Biblioteca Virtual de Saúde e da PUBMED, utilizando os descritores: hipodermóclise; infusão subcutânea; assistência de enfermagem e educação em enfermagem. Resultados/Discussão: A hipodermóclise apresenta como as indicações mais descritas da técnica: correção da desidratação leve a moderada; possibilidade de realização em qualquer ambiente de cuidado, inclusive domiciliar; baixo risco de provocar reações sistêmicas (hiponatremia, hipervolemia, congestão); reduz hospitalizações; melhor custo-benefício quando comparada a via intravenosa; mais confortável que a administração intravenosa; mais variedade nos locais de punção; escassos relatos de tromboflebites; sem relação com sepse e infecções; fácil aplicabilidade sendo fácil a instalação e manuseio; além de não exigir complexidade de materiais e permitir efeito prolongado da terapêutica. Já as complicações mais observadas nesta técnica de punção subcutânea são as relacionadas a reações locais, como: hiperemia local, endurecimento da pele, dor e extravasamento. Porém, é muito raro aparecer outras complicações, como: granulomas, farmacodermia celulite, infiltração e sangramento discreto. Estas geralmente estão relacionadas com a escolha do fármaco, volume administrado e local da punção. Conclusão: Dessa forma, temos na assistência da enfermagem na hipodermóclise um resgate de uma antiga técnica que se deve ser amplamente conhecida e difundida entre os profissionais capacitados, principalmente com a ampliação da assistência de saúde em domicílio e na abordagem dos cuidados paliativos.


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ISSN 2179-1589

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