REVISTA ACADÊMICA UNIVERSO SALVADOR, Vol. 2, No 4 (2016)

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O PSICÓLOGO ESCOLAR COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS AUTISTAS

Roberta Ferreira Takei, Maria da Conceição Cordeiro Queiroz

Resumo


Este trabalho tem como objetivo identificar as intervenções utilizadas pelo psicólogo em crianças: no processo de aprendizagem colocando o psicólogo escolar como um mediador voltado às crianças autistas das classes pré-escolares. Consiste em uma pesquisa de cunho bibliográfico e torna-se importante para pensar na garantia dos direitos das crianças autistas ao ensino mais democrático, levando em consideração a importância da presença de um profissional de psicologia para intervir junto às ações no processo de aprendizagem, motivação, socialização e na orientação e direcionamento não somente dos pais, mas da equipe pedagógica. O autismo é considerado um transtorno global do desenvolvimento, caracterizado por uma interiorização intensa. Este transtorno tem como características básicas a incapacidade para interagir socialmente, comportamento restritivo e repetitivo, dificuldades na comunicação e na linguagem. O processo de escolarização da criança autista é bastante complexo, já que desde as primeiras séries na escola regular, geralmente percebe-se que a criança autista não se desenvolve no mesmo ritmo das crianças consideradas normais. É comum, em muitas escolas regulares a dificuldade de adaptação da equipe escolar e discentes no que tange a inclusão do estudante autista e seu espectro, enquanto os pais, durante um longo período, procuram outros meios de tentar inserir os filhos em comunidade. Essa convivência e aprendizado com o diferente começa a ser acentuada desde as primeiras séries. Nesses períodos, através da escola, o sujeito se relaciona, de forma mais consciente em relação aos estágios etários anteriores. E na interação com outras crianças as diferenças começam a ser notadas. Partindo desse princípio pela semelhança e diferenciação entre as crianças, o autista começa a ser percebido como o diferente dos demais e, geralmente, sofre rejeições da própria classe. Como foi visto a situação do autista possui vários agravantes, impedindo-o sempre de se tornar um ser de interação e, por conseguinte alguém que dificilmente possuirá um cabedal de saberes. Partindo dessa visão, a escola que não trabalha a inclusão passa a ter um restrito espaço social a oferecer um processo de inclusão que atende às necessidades básicas do cidadão, por isso é imprescindível que os psicólogos possam desenvolver o seu oficio de maneira capacitada, integrado à escola.

 

Palavra-chave:  Transtorno espectro autista; Psicologia escolar; Inclusão.




ISSN 2179-1589

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