O PSICÓLOGO ESCOLAR COMO MEDIADOR NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS AUTISTAS
Resumo
Este trabalho tem como objetivo identificar as intervenções utilizadas pelo psicólogo em crianças: no processo de aprendizagem colocando o psicólogo escolar como um mediador voltado às crianças autistas das classes pré-escolares. Consiste em uma pesquisa de cunho bibliográfico e torna-se importante para pensar na garantia dos direitos das crianças autistas ao ensino mais democrático, levando em consideração a importância da presença de um profissional de psicologia para intervir junto às ações no processo de aprendizagem, motivação, socialização e na orientação e direcionamento não somente dos pais, mas da equipe pedagógica. O autismo é considerado um transtorno global do desenvolvimento, caracterizado por uma interiorização intensa. Este transtorno tem como características básicas a incapacidade para interagir socialmente, comportamento restritivo e repetitivo, dificuldades na comunicação e na linguagem. O processo de escolarização da criança autista é bastante complexo, já que desde as primeiras séries na escola regular, geralmente percebe-se que a criança autista não se desenvolve no mesmo ritmo das crianças consideradas normais. É comum, em muitas escolas regulares a dificuldade de adaptação da equipe escolar e discentes no que tange a inclusão do estudante autista e seu espectro, enquanto os pais, durante um longo período, procuram outros meios de tentar inserir os filhos em comunidade. Essa convivência e aprendizado com o diferente começa a ser acentuada desde as primeiras séries. Nesses períodos, através da escola, o sujeito se relaciona, de forma mais consciente em relação aos estágios etários anteriores. E na interação com outras crianças as diferenças começam a ser notadas. Partindo desse princípio pela semelhança e diferenciação entre as crianças, o autista começa a ser percebido como o diferente dos demais e, geralmente, sofre rejeições da própria classe. Como foi visto a situação do autista possui vários agravantes, impedindo-o sempre de se tornar um ser de interação e, por conseguinte alguém que dificilmente possuirá um cabedal de saberes. Partindo dessa visão, a escola que não trabalha a inclusão passa a ter um restrito espaço social a oferecer um processo de inclusão que atende às necessidades básicas do cidadão, por isso é imprescindível que os psicólogos possam desenvolver o seu oficio de maneira capacitada, integrado à escola.
Palavra-chave: Transtorno espectro autista; Psicologia escolar; Inclusão.