REVISTA ACADÊMICA UNIVERSO SALVADOR, Vol. 3, No 6 (2017)

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DIREITOS HUMANOS E QUALIDADE DE VIDA DOS IDOSOS ASILADOS

Patricia Carvalho Campello, Raimunda De Jesus Gueirreiro, Thayze de Silva, Marcos A Pereira, Luis E Brito, Joyce Lima, Laurineide Santos, Renilda dos Santos

Resumo


É crescente a procura por instituições de longa permanência para idosos em todo o mundo, mas o Brasil não se preparou estruturalmente para receber essa demanda.

O avanço da população idosa gerou graves consequências que afetou, não só os serviços de assistências sociais, como também o ambiente familiar, onde parentes tem dificuldade para cuidar de seus idosos e acabam por encaminha-los para instituições de longa permanência. Diante dessa realidade, observa-se a importância de se estudar uma forma de garantir não só o direito a sobrevivência, mas também uma boa qualidade de vida para os idosos.

O conceito de qualidade de vida no geral é amplo e também subjetivo, envolve desde o bem-estar físico, mental, psicológico e emocional, porém, para os idosos a qualidade de vida está muito ligada a sua independência, ou seja, a sua capacidade funcional.

O presente trabalho teve como proposta mensurar a qualidade de vida dos idosos institucionalizados do Lar X. Foi realizada uma pesquisa de campo, onde 14 idosas foram entrevistadas, utilizando como instrumento, questionários com perguntas fechadas de várias áreas como; saúde/atividades físicas, família, entre outras, obtendo-se os seguintes resultados:

Em relação a moradia, 20% dessas idosas moram na instituição há menos de 5 anos, 35% mais de 5 anos e 45%  mais de 10 anos. 40% recebem visita da família às vezes, 20% não recebem visita familiar e 40% recebem com frequência. 25% preferem morar com a família, contra 75% que preferem morar na instituição em que se encontram.

Quando o tópico é independência, 30% consideram-se independentes, contra 70% que não tem independência. 35% necessitam de cuidadora em tempo integral, contra 65% dos idosos não precisam.

No caso de exercícios em geral, 15% faz algum tipo de exercício físico, outras 15% faz exercício mental, 10% recreativo e 60% não faz nenhum tipo de exercício.

No assunto alimentação, 30% não estão satisfeitas com a alimentação fornecida pela instituição, contra 70% que se dizem satisfeitas.

No quesito medicação, 15% não faz uso de medicamento, outras 15% tomam medicamento para Mal de Parkinson, 20% tomam para Mal de Alzheimer, 30% tomam para depressão, e 40% faz uso de outros tipos de medicamentos.

 De posse dessas informações observou-se que a Instituição Lar X apresenta um perfil assistencialista, no qual se resume a prestar cuidados básicos, alimentação e abrigo, não tendo estrutura física para atividades de lazer, nem serviço de profissionais multidisciplinares de saúde adequados. O isolamento social, a falta de atividades e a ausência da família são fatores que mais contribuem para a geração de situações de estresse desencadeando vários transtornos mentais, comprometendo assim a independência dessa população e afetando a qualidade de vida desses idosos como um todo.

                                                                                                    

Palavras chave: qualidade de vida; idosos asilados, abandono.




ISSN 2179-1589

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