Ao longo da história, a forma de um móvel está intrinsecamente relacionada com o avanço tecnológico e ideologia momentânea de cada respectivo período.

A tecnologia está diretamente relacionada com a estética final em que o móvel é concebido, tendo a cadeira como objeto de estudo para a exploração de experimentos de novos materiais oriundos da Revolução Industrial, propondo a observação da sua forma relacionada às possibilidades que a tecnologia permitia indo de encontro às formas orgânicas que espelham o corpo humano. Esse artigo tem como objetivo principal identificar a relação entre as formas das cadeiras com a tecnologia do período, reconhecendo a construção de novas possibilidades para o design da cadeira, sobretudo baseando-se na inspiração curvilínea, encontrada no corpo humano, numa tentativa de aproximar a forma do objeto à silhueta humana. Partindo da concepção do Sistema Cantiléver, amplamente utilizado por Marcel Breuer, e das ideias lançadas pela Escola Bauhaus, foi desenvolvido um histórico da trajetória da modernização dos componentes utilizados para a construção da cadeira, saindo de materiais tradicionais, como a madeira, passando pelo aço tubular, para enfim se chegar às peças únicas que somente puderam existir após o domínio do plástico. A Revolução Industrial tem um papel de destaque na evolução do design e levando-se em consideração a história do mobiliário, especificamente da cadeira, iniciaremos cada trecho citando a tecnologia em desenvolvimento referente a cada período histórico para assim indicar a relação entre o design deste objeto e a inovação industrial. Diante do estudo desenvolvido, fez-se uma análise sistêmica da relação entre a forma do corpo humano como signo e a tecnologia pertinente ao objeto cadeira. Podendo esse ensaio contribuir no desenvolvimento de um novo olhar sobre a forma e expressão que a cadeira representa na sociedade.

Palavras chaves: Cadeira; tecnologia; forma; corpo humano