Resumo

No cenário pós-moderno, de um mundo globalizado e com a universalização do capital com mercados logicamente organizados, em que a velocidade das mudanças, a quebra de paradigmas, e a universalização de valores neoliberais se consolidam paulatinamente, cobra-se da educação superior respostas para inserir tanto os homens quanto as organizações em mercados altamente competitivos e guiados pela razão instrumental. Dessa forma, os sistemas educacionais, estruturam-se e abrem espaço para o aparecimento e fortalecimento das instituições de Educação Corporativa no Brasil, representando a Universidade Corporativa a sua principal modalidade. As universidades corporativas tendem a dilatar as competências e habilidades dos seus colaboradores, antigamente labor mais qualificado nas organizações, num contexto de extrema concorrência para atendimento do mercado.  Intencionamos, então, realizar uma discussão sobre as Universidades Corporativas no marco da política educacional brasileira, em que discutimos sobre as medidas políticas que alteram o modo de regulação dos poderes públicos no sistema escolar, onde por vezes, dá-se a substituição deste poder público por instituições privadas, alterando os espaços de ocupação historicamente dominados pela intervenção estatal. Com a oferta privada crescente da educação superior e as reformas estruturais advindas pelos organismos multilaterais, evidenciamos a retração do Estado quanto a sua responsabilização na consecução de politicas publicas educacionais, situando a educação como mercadoria e tornando-a menos acessível à classe subalterna. As universidades corporativas destarte insurgem na contemporaneidade do mundo do trabalho e da educação, a depender do ponto de vista, ora uma oportunidade, ora uma ameaça. Tanto uma ameaça quanto uma oportunidade para as IES formais e a sociedade.

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Palavras-chave: Universidade Corporativa – Política educacional - Educação profissional – neoliberalismo.