REVISTA ACADÊMICA UNIVERSO SALVADOR, Vol. 3, No 6 (2017)

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O PAPEL DO ENFERMEIRO NA ATEROSCLEROSE

Aline Oliveira Lopes, Aline Oliveira Lopes, Victor José Uchoa de Carvalho, Maria Clara Diniz de Oliveira

Resumo


A aterosclerose é a doença coronariana que acomete com maior frequência a população adulta brasileira. Conceituada como acúmulo anormal de depósitos de lipídios e tecidos fibrosos dentro das paredes arteriais e na luz dos vasos coronarianos, os resultados diretos mais comuns desta patologia consistem em estenose dos vasos coronarianos, obstrução por trombose, aneurisma, ulceração e ruptura das artérias. Previamente considerada uma doença por acúmulo de colesterol, a aterosclerose é hoje entendida como uma complexa interação entre fatores de risco ambientais, componente genético, sistema imunológico, células hematológicas e endoteliais, fatores de coa­gulação e mediadores inflamatórios. Sua fisiopatologia tem sido estudada devido à seu caráter inflamatório, no qual marcadores inflamatórios, como a proteína-C-reativa (PCR), vem sendo estudados nos indivíduos portadores de doenças cardiovasculares, inclusive em indivíduos aparentemente saudáveis. Diversos métodos têm sido utilizados no diagnóstico da ateroesclerose, entre eles a angiotomografia computadorizada de múltiplos detectores (ATCMD), método útil no diagnóstico de pacientes com risco intermediário de doença arterial coronária. Exames de sangue também auxiliam no diagnóstico, entre eles a pesquisa de hemoglobina, perfil lipídico, coagulograma, PCR e homocisteína. Além de exames de eletrocardiograma (ECG), e outros exames de imagens que podem identificar a DAC. Duas estratégias diferentes são importantes na prevenção da ateroesclerose, a modificação dos riscos populacionais e a modificação dos riscos individuais. A adoção das medidas preventivas intervencionistas deve ser iniciada ainda na infância, para que hábitos saudáveis de estilo de vida se estendam até a fase adulta. O tratamento da ateroesclerose pode ser realizado por meios medicamentosos, nos quais as drogas de escolha consistem em nitratos, bloqueadores beta-adrenégicos, bloqueadores de canais de cálcio, inibidores da ECA, agentes antilipídicos, agentes antiplaquetários, ácido fólico e vitaminas do complexo B; intervenção coronária percutânea, tais como angioplastia, aterectomia intracoronária e Stent intracoronário, também podem ser utilizados nos casos mais graves da doença. Entre as intervenções de Enfermagem para a ateroesclerose destacam-se: avaliar e aliviar as dores do paciente; observar sinais vitais, principalmente pressão arterial e freqüência cardíaca; ter atenção no nível de consciência e saturação; monitorar cuidadosamente o débito cardíaco e manter estável; instruir o paciente e a família sobre a da doença arterial coronariana; instruir sobre o uso apropriado dos medicamentos e seus possíveis efeitos adversos; aconselhar sobre os fatores de risco e estímulo para mudança no estilo de vida. Este trabalho tem como objetivos discutir o conceito e a fisiopatologia da ateroesclerose, associando aos seus fatores de risco, manifestações clínicas, complicações,formas de prevenção e tratamento, no intuito de qualificar as ações da assistência da Enfermagem a essa patologia. Este trabalho trata-se de uma pesquisa bibliográfica de cunho descritivo com abordagem qualitativa. Realizado na forma de revisão literária, elaborada a partir da pesquisa de artigos publicados em sites e revistas de renomado cunho científico. É de suma importância que o profissional da Enfermagem possua conhecimento sobre esta patologia, para que possa ajudar na prevenção e orientação dessa doença, considerada uma das principais complicações cardiovasculares e causas de morte em no nosso país.

 

Palavras-chave: Ateroesclerose. Doença arterial coronariana. Enfermagem.




ISSN 2179-1589

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