REVISTA ACADÊMICA UNIVERSO SALVADOR, Vol. 3, No 6 (2017)

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DESAFIOS DA DEMOCRACIA BRASILEIRA: CRISE DE REPRESENTAÇÃO POLÍTICA E ALTERNATIVAS POSSÍVEIS

Charles Silva Barbosa

Resumo


A característica ideal aos indivíduos que pretendem exercer a representação no âmbito da República revela-se algo inalcançável para as possibilidades humanas, mormente pela crise de moralidade que atinge de forma cada vez mais intensa a frágil estrutura da vida coletiva, fazendo com que o individualismo se sobreponha ao coletivismo. O mínimo é preciso se exigir. E esse mínimo nada mais é do que a existência de consciência acerca de que o esforço da representação pressupõe atuação objetiva tendente à redução das graves desigualdades sociais, o que pressupõe a humanização da política. O problema exsurge na indagação acerca da possibilidade de se garantir a existência de qualidades ideais para a representação política.  No caso, a resposta é simples: não é possível. Nada obstante, malgrado não se possa garantir que a representação popular estará imune de práticas violadoras da República e do Estado Democrático de Direito, é possível perceber que determinado indivíduo representa séria ameaça a tais instituições, o que deve ensejar o seu afastamento ou a mantença do seu afastamento da res publica. Essa providência decorre do mais longo período de estabilidade institucional da história republicana nacional, propiciada pela ordem jurídica inaugurada pela Constituição de 1988, que permitiu descortinar e combater práticas – perpetradas justamente por aqueles a quem se confiou a coisa pública – que vilipendiam as bases do Estado e comprometem sobremaneira a sua capacidade de prestar.

 

Palavras-chave: Moralidade; Crime; Representação política; República.




ISSN 2179-1589

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