Este trabalho teve como objetivo estudar os fluidos não newtonianos denominados fluidos Reopéticos. Os fluídos não-newtonianos são aquelas substâncias (líquidas ou gasosas) que desfiam as leis de Newton e os princípios de nossa lógica mais elementar. Eles possuem as propriedades diferentes dos Fluidos Newtonianos, mais precisamente por que a tensão de cisalhamento não é diretamente proporcional a taxa de deformação. Como consequência, fluidos não newtonianos podem não ter uma viscosidade bem definida. O exemplo da clássica mistura de água e amido de milho (maizena) é muito fácil de ser realizada em nossa própria casa. Uma vez obtida a mistura comprovaremos um fato incrível: ao agitá-la lentamente comporta-se como um fluído semilíquido, mas ao a agitar com força se mostra dura como uma pedra. Enquanto se mexe devagar com uma colher, a mistura terá a textura de uma papinha, mas tente dar um soco e seus dedos toparão com algo tão sólido quanto uma parede. Os Fluidos Reopéticos são caracterizados por um aumento da viscosidade aparente relacionado ao aumento da taxa de deformação. Porém esse aumento não está relacionado exclusivamente com a taxa de deformação, mas sim com o tempo, pois mantendo constante a taxa de deformação, a viscosidade aparente aumenta com o passar do tempo. Quando estes líquidos são postos em repouso, eles recuperarão a consistência original, isto é, o nível de viscosidade é baixo. Muitas substâncias perdem sua propriedade reopética com tensões de cisalhamento extremamente altas e podem comportar-se como fluidos tixotrópicos. Desta forma, a viscosidade destes fluidos aumenta com o tempo de aplicação da tensão, retornando à viscosidade inicial quando esta força cessa. Um dos modelos reológicos mais utilizados para descrever o comportamento dos fluidos em amplas faixas da taxa de deformação é o modelo da lei da potência ou de Ostwald-Dewaele. Os fluidos reopéticos possuem grande importância no funcionamento, como lubrificante, de algumas peças e máquinas. Particularmente, para o caso dos fluidos Reopéticos, foi possível compreender o seu comportamento reológico através de reogramas específicos e da demonstração prática, o modelo matemático que justifica tal comportamento, exemplos comuns e sua importância e aplicações. Dessa forma, foi possível através deste estudo, ampliar o conhecimento a cerca desse tipo particular de fluidos, consolidando os conhecimentos teóricos abordados em sala de aula na disciplina fenômenos de transporte.

Palavras chave: Fuidos Não Newtonianos; Fuidos Reopéticos; Comportamento Reológico; Fenômenos de Transporte.