REVISTA ACADÊMICA UNIVERSO SALVADOR, Vol. 3, No 6 (2017)

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MODERNIDADE E PÓS MODERNIDADE: PARA ONDE VAMOS?

Lílian Marcia de Mello Athayde

Resumo


GIDDENS, Anthony. [1]As consequências da modernidade. tradução de Raul Fiker. - São Paulo: Editora UNESP, 1991. (Biblioteca básica). Giddens desenvolve uma apreciação institucional da modernidade, assentada numa análise de cunho epistemológico e cultural. Realiza considerações num plano geral sobre as seguintes temáticas: As descontinuidades da modernidade; segurança e perigo; confiança e risco; sociologia e modernidade; modernidade, tempo e espaço; desencaixe e confiança; reflexividade da modernidade; modernidade ou pós-modernidade? Expõe considerações sobre a modernidade dos fundadores clássicos da sociologia moderna: Durkeim, Marx e Weber. Define a modernidade como "um estilo, costume de vida ou organização social que emergiram na Europa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram mais ou menos mundiais em sua influência". Discute sobre o debate travado acerca dos muitos conceitos sobre o momento em que vivemos, quais sejam, sociedade da informação, pós-modernismo, sociedade de consumo e pós-modernidade. Suas considerações têm como gênese a descontinuidade do desenvolvimento social moderno, pois no movimento histórico da humanidade encontramos várias transições nos estados societários, como a transição das sociedades tribais para a sociedade agrária. Não considera que vivemos num mundo pós-moderno, mas que vivemos as consequências da modernidade, não concebendo essa como emblemática do início de uma nova era para a humanidade. Determina quatro grandes dimensões que foram influenciadas pela modernidade: o poder administrativo, o poder militar, o capitalismo e a industrialização. Concebe o conceito de desencaixe do espaço-tempo para explicar o movimento histórico das sociedades tradicionais para as sociedades modernas, bem como o papel da globalização nesse processo. Sugere que o desencaixe possui dois tipos de mecanismos, as fichas simbólicas e os sistemas peritos. Nessas sociedades tradicionais a percepção sobre o tempo era "encaixada" no tempo e espaço. Pela proximidade do homem com a natureza, a sua percepção sobre o tempo era baseada na observação da sazonalidade, ou seja, das estações do ano. Determina como marco importante e inflexionador da transição para a modernidade, a invenção do relógio, pois vai mudar radicalmente as formas das relações sociais até então conhecidas. O tempo passa a ser social e artificial. Uma criação humana. Um tempo universal. Escraviza também esse homem. Desencaixando esse homem que vivia numa sociedade tradicional, de sua identidade atada no tempo e no espaço. Neste desencaixe, o mecanismo do sistema perito surge como efeito das revoluções científicas, dos novos paradigmas que propiciam a elevação do saber técnico e elevação do conhecimento especializado.  É neste sistema perito que Giddens vai ressaltar a confiança, pois esta vai se tornar a mola mestra impulsionadora do relacionamento entre o ser humano e os sistemas peritos, pois as sociedades modernas confiam nos sistemas peritos.

 

Palavras chave: modernidade; Pós modernidade; Globalização.


[1] Anthony Giddens foi professor de Sociologia em Cambridge e, entre 1997 e 2003, dirigiu a London School of Economics and Political Science. Pioneiro do conceito de Terceira Via, Giddens escreveu mais de trinta livros, entre os quais O Mundo na Era Global e A Europa na Era Global, ambos publicados pela Presença, sendo com frequência consultado por líderes políticos de todo o mundo. É largamente aclamado pela sua teoria da estruturação e pela sua visão holística das sociedades modernas.

 

 






ISSN 2179-1589

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