REVISTA ACADÊMICA UNIVERSO SALVADOR, Vol. 4, No 7 (2018)

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Ética Médica no Atendimento ao Paciente

Silvio Marchesini, Patricia Carvalho Campello, Edna Cobas, Barbara Portela, Adriana Nunes

Resumo


               Ética Médica no Atendimento ao Paciente

 

Atualmente há uma crescente preocupação da nossa sociedade com a questão da ética médica, diversas causas podem ser apontadas para essa inquietação social; entre essas razões podemos citar a grande atenção que os meios de comunicação dão a tudo relacionado à medicina e a saúde em geral, também podemos considerar que vivemos em uma época na história, que apesar das inúmeras contradições sociais, existe um grande acesso à educação, gerando com isso uma maior conscientização dos indivíduos em relação aos seus direitos, como também aos sistemas de saúde, que em muitos casos são públicos e pagos com o dinheiro do próprio cidadão. Outras causas são: a comercialização extrema da medicina, o avanço tecnológico na medicalização ao paciente, questões antigas não resolvidas como: o aborto e eutanásia, entre tantos.

A ética é um dever do ser humano, diante de si mesmo e do outro, por isso mesmo, quando passa a ser policiada pela sociedade deixa de ser ética e se torna uma obrigação moral diante das leis que regem esta sociedade. Portanto, esta profissão, que gera tanta responsabilidade diante do próximo, é a mais visada no quesito relacionada à ética. Ao analisarmos mais esse ponto, a ética como busca do aperfeiçoamento “moral” do homem, compreendemos que o policiamento nas questões éticas “médico/paciente”, apesar de necessária, não é uma solução, no entanto, uma conscientização movida em direção a um autoconhecimento, é mais viável. Para haver uma melhora no atendimento médico ao paciente, é necessário, que haja uma mudança na estrutura do pensar social.

Neste ponto, há a importância de acrescentar ao texto alguns conceitos, que norteiam a ética médica centrada no paciente, como observa grandes pensadores, como: Ballantine, que via nos códigos morais faróis que guiam a nossa conduta, anunciados pela sociedade de tempos em tempos, sendo estas, desde pequenas comunidades ou a grandes centros urbanos. Já na concepção de Bleich e Boro, o mais imprescindível é que a ética centrada no paciente seja movida a compaixão, que é a capacidade que o ser humano tem de compreender o sofrimento e o desamparo do próximo com uma real intenção de ajudar a atenuar essa angústia.

O preceito de  Hilel, o Ancião, que diz: “Se não sou por mim, quem o será? Mas se sou só por mim e para mim, que sou eu?” vem a ser um dos princípios essenciais da ética médica. Como podemos observar, a questão da ética médica passa por diversas concepções de pensamento, desde o agnóstico até os que seguem as tradições religiosas em que foram criadas. Não é um conceito de fácil acesso, pois se trata de uma questão de conscientização, de uma busca incessante que brota no coração do profissional da medicina, em contraste com as mazelas sociais. Este é o caminho social e individual, e só o auto-respeito e a valorização da vida e do próximo vai definir quando existe apenas uma subordinação do médico as leis comerciais, ou a autêntica ética praticada no atendimento médico ao paciente.

Palavras-chave: ética médica, moral, paciente.




ISSN 2179-1589

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