CAMINHO DE DAMASCO – FREI BETTO E A JUVENTUDE ESTUDANTIL CATÓLICA (JEC)
Fabiano Dias Azevedo
Resumo
O artigo tem como objeto principal a análise da forma como Frei Betto constrói a sua memória em relação ao seu encontro com a JEC (Juventude Estudantil Católica). A fonte principal do trabalho é o livro do dominicano intitulado Alfabetto autobiografia escolar, publicada pela Editora Ática, no ano de 2002. Neste livro, ele reconstrói as suas memórias através da reconstrução da sua experiência escolar – das séries iniciais da educação infantil até a chegada a universidade. O recorte cronológico inicia-se na década de 1950, em que o Brasil passava pelo período desenvolvimentista do Presidente JK e vai até o ano de 1964, logo após a instauração da Ditadura Civil Militar no Brasil. São três as principais hipóteses do artigo: primeiro entendemos que Frei Betto, ao reconstruir o seu passado estudantil, está refletindo sobre o seu presente ao mesmo tempo que planeja o seu futuro. As reflexões sobre o passado ajudam a entender a realidade presente e simultaneamente dá fôlego para os passos posteriores. Segundo percebemos que ele usa a riqueza de descrição de detalhes para prender a atenção dos leitores e a poesia foi o caminho escolhido para descrever as suas emoções e sensações. E por fim, entendemos que ele usa as suas memórias como ferramenta para divulgar as suas concepções religiosas e políticas: progressistas e ligadas diretamente aos pressupostos da Teologia da Libertação – os pobres como forma de servir a Deus.
Palavras Chave: Frei Betto – Memória -JEC – Movimento Estudantil – Igreja Católica – Dominicanos.
Palavras Chave: Frei Betto – Memória -JEC – Movimento Estudantil – Igreja Católica – Dominicanos.
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ISSN 2179-1589