REVISTA DE TRABALHOS ACADÊMICOS UNIVERSO – SÃO GONÇALO, Nº 1 – TRABALHOS ACADÊMICOS UNIVERSO – SÃO GONÇALO 2016

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ACEITABILIDADE DE FRUTAS POR PACIENTES DO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DE JURUJUBA

Karla Gisele Alencar, Ana Cristina de Oliveira, Mariana Corrêa Gonçalves

Resumo


O comportamento alimentar é influenciado inúmeros fatores, tais como renda, hábito alimentar, preferências dentre outros. Além desses, os fatores psicológicos, como depressão, ansiedade e sentimentos inespecíficos de tensão são identificados como ativadores da compulsão alimentar (1). Indivíduos com doença mental e em tratamento medicamentoso, como os antipsicóticos, estabilizadores de humor e alguns antidepressivos, apresentam efeitos colaterais importantes, como ganho de peso, hiperglicemia, DM2 e dislipidemias (2,3). Por outro lado, o consumo de frutas, legumes e verduras tem sido associado à diminuição do risco de mortabilidade e redução da ocorrência de doenças crônicas, tais como as doenças cardiovasculares (4,5). Portanto é importante verificar o consumo de vegetais em pacientes com doença mental afim de prevenir o surgimento e/ou a progressão de doenças crônicas. Desta forma, o objetivo deste estudo foi verificar a aceitabilidade de frutas por pacientes do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba. Foi avaliado o consumo de frutas em 3 dias alternados, observando a razão resto/ingestão. Os pacientes adultos, de ambos os gêneros, das enfermarias de longa permanência foram selecionados para o estudo (n=63; feminino n=32 e masculino n= 31). A faixa etária do grupo é de 28-50 anos. Nos três dias do estudo, foram ofertadas frutas e preparações com frutas em dias alternados, sendo salada de frutas (laranja, banana, mamão, abacaxi, manga); banana prata e melancia, respectivamente. A banana prata foi a mais bem aceita das frutas oferecidas em ambos os gêneros (feminino 91%; masculino 100%), seguindo da salada de frutas (feminino 88%; masculino 90%). A melancia foi a que apresentou menor aceitação das frutas ofertadas (feminino 75%; masculino 84%). Observa-se, no entanto, a grande adesão às frutas em ambos os grupos. O baixo consumo de vegetais está associado ao aumento da prevalência das doenças crônicas não transmissíveis (6), e que por outro lado, o alto consumo desses alimentos tem sido apontado como um fator protetor para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (8) e outras doenças crônicas (9). Os efeitos benéficos do consumo dos vegetais estão ligados à oferta de vitaminas, nutrientes antioxidantes (flavonóides), fitoquímicos e fibras contidos nesses alimentos, que contribuem para a redução da inflamação e da patogênese cardiovascular (10). Os pacientes do Hospital Psiquiátrico de Jurujuba apresentaram alta adesão ao consumo de frutas como sobremesa e, desta forma estão reduzindo o fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas.

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ISSN 2179-1589

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