A revascularização pulpar consiste em um novo tratamento para dentes permanentesdesvitalizados com rizogênese incompleta, capaz de permitir o desenvolvimento radicular continuado com concomitante aumento da espessura das paredes de dentina. Esta técnica representa uma mudança deparadigma no tratamento destes dentes, antes apenas realizada por meio de apicificação com hidróxido de cálcio ou agregado de trióxido mineral (MTA), as quais não possibilitam a maturogênese do elemento dentário, fazendo com que o mesmo permaneça com paredes dentinárias finas, frágeis e suscetíveis àfratura radicular. O presente trabalho, por meio de uma revisão literária, objetivou descrever as etapasdeste inovador protocolo de tratamento e os fatores determinantes para o êxito. O tratamento estáalicerçado em três princípios primordiais: desinfecção do canal radicular, acúmulo de célulasmesenquimais indiferenciadas e adequado vedamento cervical. Para a desinfecção do canal radicularpreconiza-se um protocolo de irrigação tripla e utilização de pasta antibiótica como medicação intracanal. O acúmulo de células mesenquimais indiferenciadas dá-se pelo estímulo de sangramento para o interior do canal radicular, com consequente formação do coágulo sanguíneo, indispensável à migração ediferenciação celulares. O adequado vedamento cervical é possibilitado pela colocação do agregado detrióxido mineral (MTA), um material reparador biocompatível e bioativo. Assim, a revascularização pulpar tem possibilitado uma maior previsibilidade para dentes necróticos imaturos, por meio de uma endodontiaregenerativa.

Palavras-chave: revascularização pulpar, necrose pulpar, rizogênese incompleta, endodontiaregenerativa.