O objetivo geral da pesquisa é verificar como é a vida social e emocional da criança que é adotada tardiamente, e os objetivos específicos são os de entender como se sentem as crianças que permanecem nos abrigos por mais tempo, por serem mais velhas, além de tentar entender quais as dificuldades que os adotantes têm para aceitarem crianças acima de três anos, entender porque é maior a procura por crianças menores de dois anos para a adoção e observar como a criança se sente ao ser adotado tardiamente. O método adotado foi o qualitativo, por meio de entrevistas de um modo semiestruturado, com (a amostra) uma coordenadora de uma instituição de acolhimento para crianças e adolescentes e uma mãe adotiva que contou sua história, seus medos e suas dúvidas junto com as de seu marido e a da própria criança, que também tiveram que se adaptar a essa situação. Além de um modo investigativo, pelo qual se procurava um instituto que aceitasse mostrar um pouco de sua rotina e a das crianças em situação de acolhimento institucional à espera de uma família. Diante disso, a coleta de dados foi feita em uma instituição de acolhimento na cidade de Aparecida de Goiânia, no segundo semestre de 2015 e primeiro de 2016. Os resultados encontrados indicam que as teorias correspondem à prática vivenciada nesse tipo de adoção, devido ao fato das crianças permanecerem muito tempo no abrigo, elas criaram vínculos com os funcionários e os têm como verdadeira família. Isso não pode ser saudável no momento de separação. Conclui-se que, as crianças são adotadas tardiamente porque os adotantes acreditam que as crianças menores são mais fáceis de educar e também se adaptam a um novo lar.

Palavras-chave: Adoção Tardia; Vínculo; Abrigo; Institucionalização.