AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS OSTEOMUSCULARES E QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO EM MOTORISTAS DO TRANSPORTE COLETIVO URBANO DE GOIÂNIA
Resumo
A exposição a longos períodos em postura sentada, movimentos repetitivos, fatores psicossociais e individuais podem afetar a qualidade de vida, ocasionar lombalgias e outros sintomas osteomusculares em motoristas. Diante disso, o foco desse estudo é avaliar e correlacionar os sintomas osteomusculares e a qualidade de vida no trabalho de motoristas do transporte coletivo urbano da cidade de Goiânia e região metropolitana. Para alcançar essa objetivo esse estudo é transversal e analítico, composto por 100 homens que atuam como motoristas do transporte coletivo urbano da cidade. Foi avaliada a qualidade de vida no trabalho e os sintomas osteomusculares por, meio de Questionário de Qualidade de Vida no Trabalho (QWLQ-bref) e Diagrama de Corlett e Manenica, respectivamente. Adotou-se um nível de significância de 5% (p<0,05). Desta forma, a prevalência de sintomas osteomusculares foi satisfatória, com a média de 32,82% (6,83), porém a dor, dormência e formigamento estiveram mais presentes nas regiões lombar (31%), bacia (29%) e costas médias (18%). Os motoristas se mostraram satisfeitos com a qualidade de vida no trabalho uma vez que o valor encontrado no gral foi de 76,76%. Encontrou-se relação apenas entre o domínio profissional e pontuação total da qualidade de vida com a idade, p = 0,01 e p = 0,03, respectivamente, indicando que os participantes com mais de 45 anos apresentavam pontuações favoráveis nestes 2 aspectos. Sendo assim, verifica-se que os motoristas de ônibus urbano mostraram-se satisfeitos ou muito satisfeitos nos domínios da qualidade de vida no trabalho. Neste mesmo sentido, os sintomas osteomusculares não apresentaram elevada prevalência, sendo as regiões mais acometidas a coluna lombar, bacia e parte média das costas.
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