Portadores de DPOC permanecem menor tempo deambulando, em pé e com menor intensidade de movimento durante caminhadas na vida diária se comparados a pessoas saudáveis. Além disso, passam mais tempo sentados e deitados, o que os torna inativos na vida diária. Como a atividade física é o mais forte preditor de mortalidade nesses indivíduos, a avaliação dos níveis de atividade de vida diária é de extrema importância, devido à estreita relação entre sedentarismo, incapacidade e mortalidade. A pesquisa buscou verificar se existe associação entre dois meios de avaliação do nível de atividade física diária: o questionário Perfil de Atividade Humana (PAH) e o pedômetro, um contador de passos. O trabalho contemplou estudo transversal analítico em portadores de DPOC em acompanhamento médico em uma clínica de Pneumologia de Goiânia, aprovado pelo comitê de Ética da PUC-GO (CAAE: 61577016.3.0000.0037). O questionário PAH é composto por 94 itens, que são dispostos de acordo com o custo energético. O resultado é apresentado em dois escores: o escore máximo de atividade (EMA) e escore de atividade ajustado (EAA). Foi utilizado ainda, o pedômetro Yamax Digi-Walker 700, para registrar o número de passos, por 4 dias consecutivos no domicílio. Foi realizada estatística descritiva e teste de correlação de Pearson para verificar existência de associação entre os dois métodos de avaliação. Foram avaliados 42 portadores de DPOC, sendo 23 homens (54,8%) e 19 mulheres (45,2%), com idade média de 73,52 anos (±7,26). A média de passos registrados em 4 dias foi de 5.244,72 (±4.620,43). Na avaliação realizada por meio do questionário PAH, o escore EMA médio foi de 71, 07 (± 8,98) e no EAA, média de 55,90 (±13,44). Os resultados mostram correlação positiva e moderada entre o  EMA e o número de passos (r: 0,489) e forte entre o EAA e o número de passos (r: 0,647). Ponderados os dados coletados, constatou-se que existe associação entre a avaliação realizada pelo pedômetro e o nível de atividade física  avaliado pelo PAH neste estudo. Os indivíduos avaliados não alcançaram a média recomendada de 10.000 passos por dia para serem considerados ativos, no entanto, foram classificados como moderadamente ativos pelo escore EAA do questionário PAH.