A Arnica montana, popularmente conhecida como Arnica, pertence à família das Asteraceae, originária das regiões montanhosas da Europa, principalmente do Norte Europeu e Ásia. É uma planta herbácea que apresenta múltiplas funções medicinais da qual as flores, folhas e raízes são utilizadas principalmente em processos inflamatórios e cicatrização de tecidos, devido sua ação regeneradora. A pesquisa teve como objetivo destacar o potencial terapêutico da Arnica montana e seus principais constituintes químicos. Tratou-se de uma revisão bibliográfica narrativa, onde foram selecionados estudos publicados entre o período de 1992 a 2018, nas bases de dados Scientific Electronic Library Online, Public Medline, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Biblioteca Virtual em Saúde e Farmacopeia Brasileira 5ª edição. A ação anti-inflamatória da Arnica montana faz com que a sua utilização seja bastante ampla para contusões, edemas, escoriações e traumatismo por demonstrar ação inibitória do fator de necrose tumoral alfa. Além do efeito anti-inflamatório esta planta apresenta efeito analgésico e antisséptico tendo as lactonas sesquiterpenicas (helenalina, dihidrohelenalina e arnicolide), flavonoides (quercetina, isoquercitina e astragalina), alcaloides (betaína e arnicina), cumarinas, óleos essenciais (timol, esteres de timol) e derivados dos ácidos fenólicos (ácido caféico, ácido clorogênico) como responsáveis por estes efeitos. Portanto a ação farmacológica em especial o efeito anti-inflamatório da Arnica montana se dá através da presença dos componentes químicos que esta planta produz, que são capazes de ultrapassar as camadas da pele, em uma concentração suficiente para inibir a liberação dos mediadores inflamatórios.

 

Palavras chaves: Arnica montana, ação anti-inflamatória, estudos fitoquímicos e característica farmacobotânicas.

ISSN 2179-1589