A utilização massiva de agrotóxicos no controle de pragas na agricultura, na saúde pública e para eliminar insetos domésticos representa sério risco a saúde humana, principalmente para trabalhadores rurais e consumidores de alimentos produzidos com o uso dessas substâncias. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde entre 2017 e 2016, foram notificados 695.825 casos de intoxicações exógenas por agrotóxicos e deste total 72,1% foram relacionados ao ambiente de trabalho. Os agrotóxicos são apontados como causadores de graves doenças, como alterações auditivas, transtornos psiquiátricos, malformações congênitas, doença de Parkinson e um tipo de câncer hematológico, o Linfoma de não-Hodgkin, isso tudo parece ser desdenhado pelo governo brasileiro que, por meio do PL 6.299 de 2002, deu plenos poderes regulatórios ao Ministério da Agricultura, retirando da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, as competências no processo de licenciamento dos agrotóxicos. O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de apresentar os impactos nocivos do uso dos agrotóxicos para a saúde da população brasileira, com foco em trabalhadores rurais e seus familiares, bem como para consumidores de alimentos produzidos com o uso de agrotóxicos. Tratou-se de uma revisão bibliográfica narrativa realizada nos bancos de dados Scientific Eletronic Library Online, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior, além de documentos oficiais: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde e Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, selecionou estudo entre os períodos 2015 e 2019. É evidente que o impacto do uso dos agrotóxicos vem prejudicando trabalhadores rurais e consumidores. Sendo necessário que o poder público e profissionais da saúde se unam para conscientizar a respeitos dos perigos causado pelo uso incorreto dos agrotóxicos.